Friozinho civilizado, céu claro de sóis plenos e plenilúnios, Santa Catarina se apresenta ao mundo com a sua melhor roupa – e seduz a todos os seus visitantes.
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Quem escala o Rio do Rastro, colar de lagartixas subindo os contrafortes da Serra Geral, chega pertinho de Deus – com aquela sensação de que, abaixando os braços, pode tocar as águas da “banheira” Atlântica de Laguna, lavando o colo e enxaguando o peito. É a bela “Santa” a razão de tantos brasileiros, de São Paulo pra baixo, mudarem drasticamente o quadro das migrações internas. Sim, os paulistas estão chegando – como os bandeirantes de outrora, para ficar.
O olho do satélite fotografa Santa Catarina como um triângulo – o vértice no rio Peperiguaçu, fronteira com a Argentina, onde se desenvolveu nossa “Califórnia” agroindustrial; a base na costa do Atlântico – onde se hospeda obra assinada pessoalmente pelo Grande Arquiteto: areias brancas e finas, 530 quilômetros de pequenos e grandes prodígios, na forma de dunas, promontórios, enseadas, restingas e lagoas. Com um encanto único: montanhas em tobogã, convivendo com o mar.
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Onde temos outro espetáculo como este no mundo? As falésias da Irlanda? Os rochedos brancos de Dover? As baías e as marés surpreendentes de Chebourg? Os Alpes e Portofino, na riviera italiana? O Rio do Rastro e a nossa Laguna? Sou mais o nosso conjunto. Do mar heroico de Laguna, até São Joaquim, “resort” alpina, a serpente coleia serra acima, jóia entalhada no pescoço da montanha. Vertiginosos 12 quilômetros de ascensão, escalando os 1450 metros do Morro da Igreja – que faz as vezes de nosso Mont Blanc.
De lá, com a mão longa do Criador e os olhos postos no horizonte, pode-se tocar as praias e as dunas do Rincão e de Laguna. É como se os Alpes deslizassem de esqui até a costa Amalfitana.
A essas maravilhas se agregou um magnífico caleidoscópio humano, de diversificada etnia. Nosso poeta genial nasceu negro – o universal simbolista Cruz e Sousa – e o nosso maior herói histórico nasceu mulher, só para marcar a diferença: Ana de Jesus Ribeiro, a “Anita”, revolucionária não apenas de um, mas de dois mundos.
Eis a nossa foto e o nosso perfil, nossa certidão de nascimento e nossa carteira de identidade.
Prazer, mundo. Somos a Bela e Santa República Catarina.