Nada de novo sob os céus do Brasil. A não ser o novo “partido” que se formou no Supremo. O dos três mosqueteiros, Gilmar, Lewandowski e Tófoli.

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O primeiro já se tornou lendário pela sua generosidade em “mandar soltar”. Virou até marchinha de Carnaval. O segundo, conseguiu reformar a Constituição em pleno impeachment de Dilma Roussef. Fatiou a Carta Magna e cassou a presidente, preservando-lhe os direitos políticos. O terceiro, já se sabe, é voto permanente contra a Operação Lava-Jato.

Os três mosqueteiros associaram as suas espadas e ressuscitaram o velho pacto pela impunidade na Segunda Turma do STF: abrirão as gaiolas e soltarão todos os pássaros.

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Com esse STF, que até o presente momento não conseguiu sentenciar nenhum político incurso na Lava-Jato, toda a infelicidade do Brasil continuará intocável. A impunidade começa na cúpula dos partidos políticos. São “apenas” 35! Muitos deles fictícios, sem a menor representatividade. É frustrante ligar a tevê em horário nobre e lá encontramos um oportunista prometendo um “partido honesto”.

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São meros “acampamentos de conveniências”, responsáveis por toda a degenerescência moral que assusta os brasileiros de bem. É uma pena. Fora de partidos sérios e de um sistema político baseado na representação popular, com voto distrital, não há salvação.

 

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É preciso suspeitar das promessas de “governos salvacionistas”, de líderes “messiânicos”, de “projetos de poder” sem qualquer comprometimento com a boa gestão fiscal. Com os políticos trocando de partido de hora em hora, ninguém acredita mais na mensagem, nem nos mensageiros.

O efeito é devastador para todos os lados. O descrédito é geral. Os malfeitos dos “outros” são propagandeados como um novo óleo vegetal. E a banalização do mal se consolida diante da certeza de que, depois de atuarem nas  propagandas de campanha,  os “apóstolos” e os do “lado oposto” serão comparados apenas pelas mútuas denúncias que se fizeram, realçando o que têm de  pior.

Com 35 líderes de partidos no Congresso, a construção de uma maioria que garanta a  governabilidade está comprometida – e o país, ingovernável.

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