O mundo exige de Neymar um verdadeiro desafio às leis da física. Como manter-se de pé e ao mesmo tempo suportar a carga que o desequilibra?

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O craque brasileiro – último grande destaque desta Copa, que já não conta com Messi e Cristiano Ronaldo – recebeu 24 faltas (!) de Suíça, Costa Rica e Sérvia, mais as 6 sofridas na batalha contra o México.

Só a “suave” Suíça cometeu 10 faltas (!) em Neymar no jogo inaugural: um fantástico absurdo. Como não se surpreender que Neymar viva estendido no chão? Espanta que ainda caminhe ou possua duas pernas.

Medíocres invejosos, como os ex-jogadores britânicos Gary Lineker e Alan Shearer,  desclassificam o brasileiro e o proclamam um farsante, um “rei” da simulação.

Hipócritas. O próprio “English Team” dissimulou e fingiu ao máximo, no seu jogo contra a Colômbia. Alguns de seus jogadores mostraram, em várias ocasiões do jogo, uma perfeita “técnica” para a impostura, o fingimento, a simulação e a falsidade.

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A proclamada devoção pelo “fair play” é falsa, desde que, em 1966, sediaram uma Copa do Mundo na Ilha Britânica e nela cometeram todas as ofensas contra o jogo justo. Pelé foi impiedosamente caçado e massacrado num jogo contra Portugal. Com arbitragem inglesa, os portugueses quebraram Pelé e o retiraram de campo já na primeira meia-hora. Na base de uma violência inaudita, “expulsaram” um concorrente já na fase de grupos. De tanto apanhar, Pelé também não ficou em pé. E a Copa foi ganha – perguntem aos alemães – com um gol muito mal marcado (a bola não entrou), em tempos sem a assessoria de olhos eletrônicos.

Interessante. O próprio técnico da Costa Rica, Oscar Ramirez, declarou em entrevista coletiva antes do jogo contra o Brasil, revelando, com incrível sinceridade, a “estratégia” para deter Neymar:

– Vamos pará-lo com “faltas bruscas…

Verdade que o próprio Neymar tem contribuído para o mau juízo que lhe fazem os filisteus. Com tantas faltas de jogo, não cair seria impossível. Mas o brasileiro labora contra si mesmo quando “valoriza” os seus tombos e rola, como um pião rastejante, sobre o gramado. É o seu grande erro: dramatizar o que já é, em si, tão dramático. O sinistro plano dos que não querem deixar que ele jogue um futebol técnico e descontraído.

***

Suíços, sérvios, ingleses e outros europeus, como a auto-suficiente Bélgica de hoje, querem marcar Neymar como sendo uma “impostura”.

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Ora, o Brasil pode até sair da Copa do Mundo hoje, pois está longe de ser um time “imbatível”. Mas que não seja como Neymar saiu da última vez, em 2014.

Lembram-se? Um colombiano chamado Zúniga agrediu-o com uma joelhada pelas costas e fraturou uma de suas vértebras, tirando-o das semifinais.

O futebol não precisa mudar de equipamento para continuar a ser o que deveria ser: o verdadeiro “beautiful game”.

Por que tirar as chuteiras e calçar luvas de boxe?

 

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