Aconteceu na Itália, um “Brasil” de primeiro mundo, que vive tentando organizar sua  “esculhambazione”.

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Um homem, com a aparência de guru indiano, encantou uma mulher, caixa de um banco de uma pequena cidade italiana.

Ordenou à funcionária que enchesse a sua sacola com o dinheiro das gavetas. Arrumou tudo pacientemente, passou o fecho éclair e saiu do estabelecimento mansamente, com o passo de um descansado aposentado.

Depois do banco, o mesmo “mágico” fez a limpa em caixas de supermercado, sempre com a mesma delicadeza de meios. Não puxou uma arma, não elevou sequer a voz: placidamente, “encantou” os assaltados.

Em todos os casos, a última coisa que as vítimas se lembram é do guru se debruçando sobre as caixas e pronunciando as palavrinhas mágicas:

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— Olhe bem para os meus olhos…

O resultado era sempre o mesmo: as gavetas do supermercado, ou dos bancos,  acabavam vazias — e o hipnotizador caminhando com toda a calma, rumo à porta de saída.

A caixa do banco, funcionária acima de qualquer suspeita, foi apresentada “aos fatos” pela filmagem das câmeras de segurança: não acreditou no que viu. Ela mesma, organizando o maço de cédulas na sacola do hipnotizador.

Desconfio que este guru era brasileiro e aproveitou a onda migratória para aplicar seu método na Itália, depois de ter feito a “praça” em Brasília.

Será que não se chama Marcelo Odebrecht, o rei do Petrolão? Ou Paulo Roberto Costa, “aquele” que, com o cartel das empreiteiras e outros operadores, “rapinou” a Petrobras em nome do PP, PT e MDB?

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Os sintomas das vítimas, lá como cá, eram os mesmos. Uma compulsão para atender a ordem criminosa e, depois, dizer que ninguém enxergou nada de estranho, a não ser o desfalque do caixa, constatado depois que o homem do olhar profundo se foi.

Neste Brasil hipnotizado, os “caixas” de campanha têm milhões sob sua guarda e os distribuem a deputados e senadores de quase todos os partidos — todo mundo seduzido pelos encantadores de serpente.                   

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Se os partidos são os mesmos, agora mais ricos com o dinheiro dos “Fundos”, vamos votar em quem, em qual “hipnotizador” para presidente da República?

 

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