De vez em quando um amigo se desgarra desta vida e atravessa a “fronteira”. Mistério. Até agora ninguém voltou do Além para contar como é que é. De repente, a pergunta mais instigante hospedada no inconsciente de todo ser humano, volta a sussurrar em nossos ouvidos:

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— O que somos? De onde viemos? Para onde vamos? Estamos acompanhados no Universo?

Desde pequeno, essa incômoda interrogação se alojou, invencível, entre a minha curiosidade e a ignorância geral do homem. A Ciência se descobre pobre, paupérrima, para elucidar o mito da criação do Universo e da vida no planeta Terra. As experiências confirmam o “Big-Bang”, sim, mas o que havia “antes”?

Quando pequeno, fui aconselhado a não pensar muito nessa história de procurar explicar a existência do Universo. Era o caminho certo para a loucura ou para o “nada”.

Circula pela internet um belo texto sobre a vida e a morte, atribuído a ninguém menos que Charles Chaplin. Será autêntico? De tão sábio e bem humorado, troco-o por todas as explicações ocas sobre a vida e a morte:

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—  A coisa mais injusta sobre a vida é como ela termina. Eu acho que todo o ciclo da vida está montado de trás pra frente. Deveríamos “morrer” primeiro – só pra nos livrar logo disso! Depois, iríamos viver num asilo, até sermos chutados para fora de lá, pela plausível razão de estarmos ficando “cada vez mais moços”. Então, ganharíamos um relógio de ouro e começaríamos a trabalhar. Faríamos isso mais ou menos na altura dos 40 anos, sempre remoçando. Até ficarmos “novos” o bastante para aproveitarmos bem a nossa aposentadoria.

— Aí, curtiríamos tudo, beberíamos tudo e nos prepararíamos para uma Faculdade. Depois de nossa formatura, voltaríamos para o colégio, porque nos descobriríamos ainda mais jovens. Teríamos inúmeras namoradas e acabaríamos virando crianças sem nenhuma responsabilidade. Logo seríamos outra vez bebês de colo, voltaríamos para o útero materno, passaríamos os últimos nove meses da vida flutuando e tudo acabaria num orgasmo gozoso.

Não seria perfeito? Seria. Já que a vida é mesmo inexplicável, o seu fim deveria ser um “êxtase”, não um sofrimento.