Os tempos andam tão “salafras”, como diria D. Ester, minha avó, que os anticristos estão se lavando em dinheiro público e, quando apanhados, criam uma crise institucional, pois querem roubar em paz.
E o que se poderia dizer do “indulto” assinado em benefício dos criminosos de colarinho branco? Autêntico incentivo à corrupção, verdadeira “Lava a Jato”, só que ao contrário.
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Seria o caso de se entregar o Brasil de volta a Portugal e pedir a Pedro Álvares Cabral que suba o Atlântico bordejando o Bojador e “rebobine” a fita, chegando de volta à foz do rio Tejo – e de ré.
Insensatez. É a palavra que, infelizmente, resume o universo da política vigente no Brasil de hoje. Egos que se sobrepõem ao país. Todo mundo, até as pedras dos paralelepípedos de rua sabem que a Previdência está falida. Se nada for feito, daqui a cinco anos nem mesmo as aposentadorias de salário mínimo serão honradas. Mas os deputados estarão reeleitos…
Ou seja: o Brasil que se exploda. Cada um toca a sua tuba da maneira que lhe apraz, mesmo que seja para produzir o caos.
“Você me chamou para esse pagode” – e me avisou: “aqui não tem pobre”…
Começa assim o tratado popular que melhor definiu o momento hoje vivido pelo país e protagonizado pelos “representantes do povo”. O refrão do samba popular define tudo, assinado pelo “cientista político” Bezerra da Silva:
— Se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão!
Defenestrar esses praticantes de “malfeitos” é tarefa superlativamente difícil: seria como expulsar os ratos sem afundar o navio. A medida que são alcançados pela espada da Justiça esses “amigos do alheio” estrebucham, esperneiam e tomam como refém ninguém menos do que o Brasil…
Ao contribuinte, resta pagar a conta, cada vez mais salgada.
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Quem sabe em 2018 as ditas “reformas” possam ser assimiladas por suas excelências? Mas quem acredita que elas serão votadas “logo depois do Carnaval”?
O que assistimos hoje, no Brasil, é a volúpia pela pecúnia, seja a honesta e bem havida, seja a que se estoca nos fundilhos de uma cueca. As crises que emanam de Brasília pertencem a esses novos Judas da democracia representativa. Uma “representação” contaminada pela cobiça do enriquecer sem esforço.
Um “regime” que só representa bolsos individuais e não o bem-estar dos representados.
FIM.