Logo depois da Copa chegam as campanhas e as promessas. A primeira providência do eleitor será investigar se o pretendente ao seu voto não é um “ficha suja”. Depois, pense no que ele promete.

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Quantos candidatos ao governo do seu Estado você já ouviu falar sobre “segurança pública”?      

Qual deles já ofereceu um plano coerente e plausível, para combater o “Estado Paralelo” do tráfico de drogas que, aos poucos, vai minando e deteriorando a vida das famílias brasileiras?

“Segurança” e “Corrupção” são os temas eleitos no Brasil de hoje. E “Segurança” não é matéria de interesse unicamente “estadual”. Não raro, contudo, prefeitos e vereadores acham que o assunto pertence, apenas,  às  Secretarias de Segurança dos Estados  ou à Secretaria Nacional da Presidência da República – instituições que não tem nada a ver com as cidades.

Há uma “intervenção federal” do tipo “meia sola” na capital do Rio de Janeiro, que já não é só um Estado falido. É o próprio “crime organizado” em versão paralela. Para ser séria, a intervenção teria que remover todo o governo e sua corja de bichos “roedores”. 

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Santa Catarina é um dos Estados brasileiros que mais sofre com o crime operante de dentro das penitenciárias. Fracassa redondamente em evitar a comunicação entre as ruas e o banditismo encarcerado.  

No Rio de Janeiro, meia centena de candidatos obterão registro, apesar de responderem a processos criminais e civis. Só falta o goleiro Bruno, o bandido, se candidatar a deputado – e requerer o direito de ser votado na cadeia. 

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Candidatos na cadeia. É possível isso?  Parece que, no Brasil, sim, é possível.  O que espanta, mesmo, não é a facilidade com que  facínoras se candidatam. Afinal, o Brasil criou uma jurisprudência de impunidade inédita no planeta. O tal “trânsito em julgado” – que ameaça voltar – , empurra qualquer punição para as “calendas gregas” neste paraíso de recursos, embargos e despachos interlocutórios.
Se a Justiça se aparelha e mistura os estatutos – os partidários e os jurídicos –  então as instituições estarão contaminadas e não servirão mais ao dito Estado Democrático de Direito. Servirão apenas aos bandidos do colarinho branco.  

O que espanta é o novelo legal que favorece a impunidade. As sentenças nunca chegam aos “finalmente” e ao “irrecorrível”. Um bandido pode recorrer a vida inteira – e, assim, candidatar-se até à presidência da República.

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