A adesão será reduzida na rede municipal de Joinville caso as aulas venham a ser retomadas em 2020. Na primeira etapa de consulta junto aos pais, apenas 10% assinaram o termo de compromisso concordando com a volta dos filhos à sala de aula. O resultado é referente a levantamento com as famílias de 19 mil alunos de dois anos (9º e 5º) do ensino fundamental, 2º período da educação infantil e educação de jovens e adultos – são os níveis de ensino com previsão de volta na primeira semana do retorno das aulas, os demais retomam nas duas semanas seguintes. Foram 1.942 alunos com “autorização” para voltar ao ensino presencial. As consultas começaram no final de setembro. 

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A adesão dos demais níveis de ensino, dos alunos que voltam a partir da segunda semana, ainda está em fase de levantamento. A divulgação deve ocorrer até o final desta semana. Mas a prefeitura acredita que a reduzida concordância com a volta às aulas vai se repetir no restante dos alunos. A rede municipal tem 77 mil alunos.

Se a diminuta adesão se confirmar, Joinville não vai adotar o rodízio, de autorizar no máximo 30% de cada turma em sala de aula por semana: se só 30% (ou menos) retornarem ao presencial, o ensino presencial volta e se manterá sem interrupção para todoso os estudantes. No entanto, a retomada em Joinville, inclusive para redes estadual e privada, ainda depende da mudança na matriz de risco, do atual “grave” para “alto”.

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O prefeito de Joinville, Udo Döhler, alega que os indicadores da pandemia em Joinville, com tendência de queda, aliados aos protocolos sanitárias, permitem a volta segura às aulas. Mas Udo considera mais provável que seja retomado apenas o reforço pedagógico, com atendimento individualizado aos alunos. A Secretaria de Educação de Joinville alega que a proximidade com o final de ano motivou a maior parte dos pais a desistir de enviar os filhos ao ensino presencial em 2020. Por enquanto, está mantida a previsão de retorno das aulas presenciais ainda em 2020.