As tratativas para a inclusão das obras na revisão quinquenal do contrato de concessão devem ser o principal tema da audiência pública sobre a ampliação da BR-101 na região de Joinville. Os investimentos contam com projetos e estimativas de custos, mas, como não estão previstos na concessão, precisam ser incluídos, com consequente impacto no pedágio. No entanto, não há ainda sinalização nesse sentido. A audiência será nesta segunda-feira, a partir das 19h30, na Câmara de Joinville. O evento será realizado pela comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, em proposta do deputado Sargento Lima (PL).

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Os investimentos pretendidos para a BR-101 na região de Joinville são para a conexão das marginais e construção de elevados nos principais cruzamentos urbanos. Com isso, o tráfego local pode ser absorvido pelas vias laterais, sem necessidade de acesso às pistas principais. O contorno, com novo traçado pela região Oeste, está previsto na revisão do Plano Viário, mas é tema para longo prazo.

Formado em 2014, o Grupo de Trabalho BR-101 do Futuro produziu estudos sobre as demandas no trecho Norte da rodovia, cuja duplicação foi concluída no início dos anos 2000. Além de acompanhar os investimentos previstos no contrato de concessão, de 2007, o grupo liderado pela Fiesc (com participação da concessionária e da ANTT, entre outras entidades), aponta o que a estrada precisa para atender o crescente aumento no tráfego. Em 2017, as obras já vinham sendo cobradas pela entidade empresarial.

No segmento da região de Joinville, entre Garuva e Barra Velha, os investimentos necessários são estimados em R$ 300 milhões, em valores de 2020. Para o entorno de Joinville, a conta é de R$ 120 milhões, em atualização de 2019. A concessionária concorda com os investimentos, a serem bancados por meio do pedágio. Há projetos executivos elaborados. Só que as obras precisam ser incluídas na revisão do contrato e ainda não há nenhuma garantia nesse sentido, ainda que as tratativas estejam em andamento. Os governos Udo Döhler e Adriano Silva já fizeram apelos pela inclusão, em 2019 e 2021.

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O contrato da concessão vence em 2032 e, conforme o tempo vai passando, o intervalo para eventual amortização dos investimentos no pedágio vai ficando mais curto. O que talvez saia do papel a curto prazo, se tratando da região de Joinville, é um conjunto de intervenções a ser bancada com as multas aplicadas na concessionária. Na lista, estão cinco passarelas em Joinville e Araquari.

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