O uso de chapéu motivou um momento inusitado na sessão virtual da Câmara de Vereadores de Joinville. Irritado com o fato de Mauricinho Soares (MDB) estar vestindo um chapéu, Odir Nunes (PSDB) cobrou uma providência, alegando desrespeito ao regimento interno. O presidente Claudio Aragão (MDB) afirmou que a responsabilidade era de Mauricinho – que ficou com o chapéu até o encerramento dos trabalhos.
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A discussão ocorreu em meio a um debate sobre requerimento envolvendo autorização de empréstimo para o saneamento. Em dado momento, Odir exigiu de Aragão para que fizesse a cobrança sobre o chapéu de Mauricinho. “Isso aqui é um plenário”, alegou Odir, citando o regimento interno.
Como Mauricinho começou a rir (todos os vereadores aparecem no monitor durante a sessão virtual) Odir ficou ainda mais irritado e fez mais críticas a Mauricinho – que não respondeu naquele momento, mas fez provocação ao final da sessão, dizendo que o chapéu era presente de Odir.
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Com Odir elevando a voz, Aragão cortou o som com a alegação de que o tema em discussão era o requerimento e não o chapéu. “Onde já se viu isso?”, citando ainda que a responsabilidade é do vereador. A discussão acabou por ali. Odir e Mauricinho vêm se enfrentando em discursos duros nas últimas sessões.
O QUE DIZ O REGIMENTO
Em relação ao regimento interno da Câmara de Joinville, não há menção ao uso de chapéus. Mas o artigo 105 cita que, no início das sessões, os vereadores devem ocupar seus lugares utilizando “traje de passeio completo”, mas “preferencialmente”. Ou seja, não é exatamente uma obrigação.
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