Um ano após a prefeitura de Joinville anunciar a rescisão dos contratos da drenagem do rio Mathias, ainda não há data para a retomada dos trabalhos, embora o município tenha planos de concluir obras. O rompimento contratual seria oficializado em agosto de 2020, com aplicação pelo município de multa de R$ 6,8 milhões no consórcio de empresas. A penalidade está sendo questionada na Justiça pelas empreiteiras.

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A vigência do contrato com o Ministério de Desenvolvimento Regional foi prorrogada até abril de 2023. Em tese, as obras precisam ser finalizadas até lá, mas como é improvável que o prazo seja cumprido, haverá nova prorrogação. A prefeitura já foi questionada neste ano pelo governo federal sobre o futuro das obras, se há pretensão de retomada e quando.

A prefeitura tem alegado que há uma ação referente à obra em andamento na Justiça Federal, inclusive com a realização de perícia. Além disso, a Câmara de Vereadores está finalizando uma CPI sobre a drenagem. Mas o objetivo agora é avaliar o que foi feito até agora, se há necessidade de revisão do projeto ou do modelo de construção, entre outras questões. Somente após essa apuração será definida como será a retomada. As ruas Visconde de Taunay e Jerônimo Coelho, deixadas em péssimas condições com a paralisação das obras, foram recuperadas nas últimas semanas.

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As obras do rio Mathias receberam R$ 26,4 milhões do governo federal até agora. Houve mais gastos, bancados pelo município, com aditivos. O repasse federal é a fundo perdido, sem necessidade de pagamento. Mas, caso as obras não sejam concluídas, o município corre o risco de ser obrigado a devolver quantia equivalente ao utilizado até agora. O contrato com o governo federal é de R$ 65,2 milhões. Iniciada em 2014, a macrodrenagem do rio Mathias tinha previsão de ser concluída em 2016.

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