O custo do Hospital São José dominou o encontro de Udo Döhler com o secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, na última sexta, na primeira visita à prefeitura de Joinville de um integrante do primeiro escalão do governo Carlos Moisés. O prefeito detalhou os dados de custos da Saúde para 2019 para demonstrar o peso do hospital nas contas do município.
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Para 2019, as estimativas de despesas da saúde ficaram em R$ 741 milhões, sendo R$ 488 milhões para a rede de postos e PAs, entre outras estruturas, e R$ 253 milhões para o Hospital São José. Ou seja, sozinha, a unidade hospital fica com 34% do orçamento da Saúde da prefeitura. Dos R$ 253 milhões, R$ 72 milhões serão pagos pelo governo federal, por meio dos repasses do SUS para pagamento de procedimentos. O Executivo quer ajuda para o restante.
Hoje, as despesas de pessoal do São José já passam de R$ 12 milhões por mês. Para Udo, o perfil regional do hospital, e, principalmente, o atendimento em média e alta complexidade, áreas de atuação de fora das atribuições das prefeituras, implicam novas fontes de financiamento para o São José. “A Prefeitura de Joinville está invadindo uma área que não é sua, a responsabilidade do município é a saúde básica, os postos, os PAs. A obrigação em média e alta complexidade é o do Estado e da União”, diz Udo. Por isso, a insistência em repasse mensal de R$ 6 milhões do Estado para o hospital.