A aprovação do projeto de suspensão de pagamentos ao Ipreville foi considerada fundamental por Udo Döhler para manter os salários em dia na prefeitura de Joinville. “Com o repasse de R$ 72 milhões e esse projeto do fundo de previdência, não só asseguramos o pagamento em dia da folha como também a manutenção de programas na saúde e na assistência social. Foi um presente para cidade”, alega o prefeito de Joinville.
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A Câmara de Joinville aprovou a suspensão dos pagamentos ao fundo municipal de previdência na noite de quarta-feira. Com o dispositivo, previsto na lei federal de auxílio aos Estados e municípios por causa da pandemia, a prefeitura está livre de pagar R$ 111 milhões em 2020. A quantia é referente às contribuições patronais e ao déficit atuarial. O montante pode chegar a R$ 147 milhões se forem incluídos outros pagamentos. O que deixar de ser pago em 2020 terá de voltar a ser quitado a partir de 2022, com diluição nos saldos devedores.
“O Ipreville tem uma situação muito boa, são R$ 3,8 bilhões de patrimônio. Muitas outras cidades não poderiam suspender, mas não é o caso de Joinville, que está com as contas em dia”, diz Udo. A aprovação do projeto teve resultado apertado, com dez votos favoráveis a nove contra.
O placar surpreendeu o governo Udo, afinal, a base tem 13 vereadores. Para Udo, quem votou contra acreditou em “lorotas” de que o projeto seria prejudicial. “Fico tentando encontrar um motivo para o projeto tão importante para cidade ter recebido nove votos contrários e não consigo encontrar, por mais que me esforce”, ironiza Udo.
Na sessão realizada de forma virtual, houve apelos de grupos de servidores contra a aprovação do projeto. O Sindicato dos Servidores considerou o projeto um “calote” da prefeitura ao Ipreville e lamentou a aprovação.
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Há outro projeto da prefeitura na Câmara sobre tema previdenciário, de elevação da alíquota da contribuição dos servidores de 11% para 14%. A pressão do funcionalismo fez os vereadores adiarem a votação em fevereiro. A Câmara tem a pretensão de votar ainda em junho, mas há possibilidade de adiamento.
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