Em formato diferente do previsto para 2021, o governo do Estado já tentou participar no passado da duplicação da BR-280, mas a tentativa fracassou. A proposta era utilizar recursos do porto de São Francisco do Sul, mas a iniciativa foi barrada na Justiça. No atual modelo, a previsão é de repasse de R$ 50 milhões do caixa do Estado para o trecho entre São Francisco do Sul e Araquari.

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A proposta surgiu em 2017, quando as obras no trecho ainda não tinham começado (nos demais lotes, estavam em andamento). O governo Raimundo Colombo queria usar R$ 26 milhões dos recursos do porto para a duplicação de trecho de 11 km da BR-280 em Araquari. Depois, a proposta passou a ser conhecida como “terceira pista”.

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A alegação para a participação era de que o porto também seria beneficiado pela obra na BR-280, afinal a estrada era (e ainda é) o único acesso rodoviário ao terminal. O Estado afirmou ainda que o porto estava passando de autarquia para sociedade de propósito específico, o que permitiria o repasse dos recursos para o Estado.

O porto tinha R$ 103 milhões em caixa, acumulados em superávits de operações portuárias, e o governo do Estado pretendia usar os recursos também para investimentos em saúde, educação e segurança. A iniciativa enfrentou resistências porque investimentos na infraestrutura do próprio terminal seriam comprometidos. Duas liminares da Justiça Federal barraram o repasse. 

O modelo atual prevê repasse de recursos do governo do Estado para obras em rodovias federais. Para a BR-280, os R$ 50 milhões, se liberados, poderão significar mais velocidade nas duas frentes no lote 1, abertura de terceira frente e início das desapropriações.