O temor de paralisação do transporte público pelas próprias empresas, por causa dos prejuízos – mesmo quando o serviço estiver liberado – foi um dos principais motivos para a prefeitura de Joinville enviar à Câmara de Vereadores a proposta de concessão de subvenção de R$ 7,5 milhões às concessionárias, com desembolso em seis parcelas. Neste momento, o transporte coletivo está suspenso por decretos do Estado e do município. O projeto já tem manifestações contrárias de vereadores da oposição. A Ajorpeme também se mostrou contra a medida.

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A justificativa do projeto da prefeitura de Joinville enviado à Câmara de Vereadores alega que há previsão legal de manter o equilíbrio do contrato e, com a pandemia, as empresas estão enfrentando prejuízos. Por isso, a subvenção. Mas como as perdas estão ocorrendo mesmo nos períodos nos quais a atividade está liberada, até porque a ocupação está em 35%, no máximo, a preocupação do governo Udo foi que as empresas viessem a paralisar as atividades, ainda que temporariamente, para evitar mais perdas.

Ou seja, os ônibus não rodariam porque não compensaria, o prejuízo seria menor se os veículos ficassem parados. Essa situação deverá ser levada em conta no próximo protocolo de regras sanitárias a ser adotado quando os ônibus tiverem permissão para voltar a circular: as atuais medidas de prevenção serão mantidas, com possibilidade até de redução da ocupação máxima, mas não ao patamar que inviabilize a atividade. Em relação à subvenção, caso seja aprovada pela Câmara de Vereadores, a duração vai até dezembro. Portanto, o próximo prefeito assume com a tarefa de decidir se a medida terá ou não continuidade.

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PLANO DE MOBILIDADE

O subsídio é previsto no Plano de Mobilidade de Joinville, em vigor desde 2015, uma forma de reduzir o valor da passagem ou evitar elevações maiores. Mas até então nunca tinha sido estudado pela prefeitura: a proposta nasceu por causa da pandemia.

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