Sem surpresa, como já vinham demonstrando despesas dos últimos meses, os R$ 21 milhões previstos em 2022 para bancar os prejuízos das empresas de ônibus não serão suficientes. Na semana passada, foi apurado o déficit de setembro, de R$ 2,37 milhões, a ser dividido entre as duas concessionárias. No acumulado do ano, são R$ 20,4 milhões. Como ainda será preciso pagar o subsídio referente ao período entre outubro e dezembro, os R$ 21 milhões terão de ser ampliados.

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A lei aprovada em abril prevê repasse entre R$ 15 milhões e R$ 21 milhões anuais às empresas como aporte financeiro da prefeitura de Joinville para manter o equilíbrio do contrato. Na prática, é um subsídio em caso de prejuízo na operação do transporte coletivo. O repasse atende a decisão judicial que impede o sistema operar com perdas.
A alternativa seria o reajuste da tarifa, mas a prefeitura entende que um novo aumento reduziria ainda mais o número de usuários, elevando o déficit. O último aumento na passagem, na modalidade antecipada (comprada fora do veículo, a mais utilizada pelos usuários) é de fevereiro de 2020, quando passou para R$ 4,75. A movimentação de passageiros, que já vinha em queda desde os anos 2000, ainda não retomou ao patamar anterior ao início da pandemia.
O pagamento do subsídio às empresas terá uma outra fonte para bancar parte da despesa até o final do ano: a prefeitura de Joinville recebeu R$ 6,4 milhões do governo federal para o custeio da gratuidade dos idosos. O repasse é uma forma de compensação por um benefício determinado em lei federal. O montante foi calculado conforme o tamanho da população.

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