A aprovação do pacote de socorro aos Estados e municípios foi elogiada na prefeitura de Joinville, ainda que com ressalva de que somente a volta das atividades econômicas poderá evitar a “quebradeira generalizada” no País e o avanço do desemprego. “As medidas não vão atender todas as perdas, mas são positivas para a economia; houve enfim a sensatez entre Executivo e Legislativo em chegar a um entendimento, mas precisamos de retomada econômica inteligente à normalidade”, diz Udo Döhler.
Continua depois da publicidade
Joinville vai receber R$ 72,7 milhões, divididos em quatro parcelas. Será possível ainda a suspensão de pagamento da cota patronal ao Ipreville e de outas obrigações previdenciárias. Os empréstimos também terão o desembolso mensal suspenso, motivando economia à prefeitura.
O governo Udo vai insistir também na elevação da alíquota da previdência dos servidores, com reforço do pedido à Câmara para aprovação do projeto de aumento do índice de 11% para 14%. Os auxílios do governo federal previstos na emenda constitucional aprovada nesta semana pelo Congresso Nacional, aliada à nova alíquota, são considerados fundamentais para a prefeitura não entrar em insolvência, conforme o prefeito. A possibilidade de congelamento parcial dos salários dos servidores dos poderes (não atingiria todas as categorias) ainda vai depender da sanção presidencial – há chances de vetos do governo Bolsonaro.
Mas apesar da satisfação com as medidas de auxílio e o acordo político entre governo federal e Congresso, o governo Udo mantém a foco na defesa da volta gradual das atividades econômicas. O exemplo clássico é a crítica à liberação das atividades industriais sem que o comércio não tenha plenas condições de operação. “Aí não adianta. O governo do Estado liberou as indústrias para atuarem com 100% da capacidade. Mas em Joinville estão em 50% porque a demanda caiu no comércio”, diz o prefeito.
Continua depois da publicidade