Sob pressão de servidores presentes em plenário, a maior parte da base governista recuou na Câmara de Joinville e votou junto com a oposição na rejeição aos pareceres do projeto da Prefeitura para a criação de 30 funções gratificadas (FGs)na Secretaria de Educação. A proposta foi arquivada e acende sinal de alerta ao governo Udo sobre a votação do projeto da ampliação da alíquota previdenciária de 11% para 14%, também em análise no Legislativo: os servidores também estão mobilizados contra essa proposta.

Continua depois da publicidade

A versão original do projeto enviada em outubro ampliava a folha de pagamento da secretaria em R$ 5,4 milhões anuais, com criação e ampliação de gratificações. Após resistências, foi alterado ainda no ano passado, com manutenção do corte de supervisores e as 30 FGs para líderes de área. O incremento anual foi reduzido para R$ 383 mil. A aprovação ocorreria na convocação extraordinária de dezembro, mas a oposição não colocou em votação, adiando para 2020.

A presença dos servidores contrários à proposta, em dia de assembleia com aprovação de greve (sendo que o projeto das gratificações foi um dos motivos da paralisação), ajudou a parte dos vereadores governistas a rever a posição. Já havia parlamentares surpresos com as reações em redes sociais. Na tarde desta segunda, começaram a aparecer nos bastidores informações de que tinha gente revendo a posição. A oposição iria fazer obstrução, isto é, tentar impedir quórum e levar a proposta ao arquivamento. Mas os oposicionistas apresentaram requerimento para que votação fosse na segunda, na presença dos servidores.
Assim, houve governistas que preferiam votar contra.

Continua depois da publicidade