O Sindicato dos Servidores de Joinville (Sinsej) aponta déficit maior de profissionais na rede municipal e defende o concurso público “imediato” como forma de enfrentamento da crise na saúde. “Mesmo com a falta de informações, podemos demonstrar um déficit grande de servidores”, diz a presidente do Sinsej, Jane Becker, alegando que o “caos instaurado” na saúde só poderá ser enfrentado com o concurso para servidores efetivos. O sindicato também prepara ofensiva contra organizações sociais, modelo de gestão em estudos pela prefeitura.

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No início de maio, a Secretaria de Saúde de Joinville informou na Câmara a existência de déficit de 350 servidores na saúde, em levantamento preliminar. Mais adiante, o número foi revisto e baixou para 190. Para o Sinsej, baseado em dados de proporcionalidade no atendimento da saúde em uma cidade do porte de Joinville, seriam necessários mais 61 médicos, 522 agentes comunitários, 188 agentes de endemias, entre outros categorias, como odontólogos e auxiliares, por exemplo.

O enfrentamento da dengue teria melhor resultados, conforme o sindicato, se tivessem sido realizadas mais contratações de agentes de endemias. “Só estamos citando o que falta na saúde primária, mas é preciso de contratações em outras áreas da saúde e, também, em outras secretarias, como Educação e Assistência social”, alega a presidente Jane. Além do déficit atual, a direção do Sinsej lembra da demanda futura com a construção de novos CEIs e ampliação do atendimento na Assistência Social.

O último concurso geral para servidores efetivos da prefeitura de Joinville foi realizado em 2014.  Depois disso, foram feitas contratações de efetivos por meio de concursos específicos, como guardas municipais e, no governo Adriano Silva para médicos do Saúde da Família e professores e auxiliares na Educação. As demais contratações, inclusive no governo anterior, foram por meio de processos seletivos para temporários. Neste momento, estão sendo preparados concursos para saúde e educação, mas sem previsão de prazos para lançamento de edital.

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OFENSIVA

O Sinsej está preparando representação contra a possibilidade de transferência da gestão de unidades de saúde para organização social. A alegação no documento, a ser entregue ao Ministério Público de Santa Catarina e ao Tribunal de Contas do Estado, é de que o processo de qualificação para a concessão da UPA Sul não fez levantamento sobre eventuais irregularidades das entidades interessadas – para o Sinsej, parte das OSs enfrenta denúncias de irregularidades. “A saída é o concurso público, organizações sociais não adiantam”, diz Jane.

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