Sem a suplementação de recursos para as obras, 2020 será mais um ano sem a liberação de nenhum trecho duplicado na BR-280. O orçamento do governo federal prevê R$ 73,7 milhões para os três lotes, enquanto que o pedido inicial do DNIT era de R$ 331 milhões, com uma parcela destinada às desapropriações – outras obras pelo País também tiveram a previsão orçamentária reduzida. No ano passado, a verba para a BR-280 foi de R$ 89,1 milhões. A duplicação iniciou em 2014.

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A possibilidade de permissão de tráfego em pistas duplicadas na BR-280, como já foi feito em trechos da BR-470, é maior nos dois lotes entre Guaramirim e Jaraguá do Sul, afinal, em torno de 40% dos contratos foram executados. Mas, mesmo assim, será necessário um reforço de recursos no orçamento para permitir a liberação em determinados trechos.

No lote 1, entre São Francisco do Sul e Araquari, não há chance de liberação em 2020 porque os trabalhos estão na fase de terraplanagem no contorno, em São Chico, em local onde a rodovia terá novo traçado.

No ano passado, auditoria do Tribunal de Contas da União questionou a falta de trechos duplicados na BR-280 autorizados para o trânsito. Para o TCU, uma obra em andamento desde 2014 deveria contar com segmentos em operação. O DNIT alegou que devido ao número reduzido de frentes de trabalho liberadas para obras, foram feitos investimentos para evitar a perda de recursos, como compra de materiais, por exemplo.

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