A prefeitura de Joinville pretende ampliar os investimentos em desapropriações a partir do ano que vem. O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), uma prévia do orçamento, prevê R$ 16 milhões para as despesas com compra de imóveis. O montante é o dobro do reservado em anos anteriores. A previsão orçamentária não é garantia de desembolso, mas, ao menos, indica interesse de maior alocação de recursos. Em 2021, ainda não houve desembolso da prefeitura com desapropriações, conforme mostra o Portal da Transparência.
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No segundo mandato do governo Udo, foram gastos R$ 7,3 milhões em desapropriações. O montante é referente às aquisições realizadas entre 2017 e 2020 – os pagamentos realizados por desapropriações anteriores, por decisões judiciais (por meio de precatórios) não entram nessa conta. Portanto, foi gasto em quatro anos o que tinha previsão de ser desembolsado em um só ano, conforme o indicado em orçamento.
Tema recorrente de queixas de prefeitos – os empréstimos para as obras de mobilidade não contemplam a compra de imóveis -, a falta de dinheiro para desapropriações impediu a realização de obras com recursos garantidos para a execução. Na lista estão as aberturas da Max Colin e da Almirante Jaceguay, previstas no empréstimo do BNDES contratado pelo governo do Estado.
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O caso mais emblemático foi da Santos Dumont, no trecho de quase 2 km entre o cruzamento com a Dona Francisca e a rótula das universidades. A prefeitura fez campanha pela doação de imóveis, com reduzida adesão, e a duplicação não foi realizada no segmento. O governo Adriano Silva pretende concluir a ampliação da avenida. Na previsão da LDO, não são descritas em quais imóveis serão usados os recursos.
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