Nos bastidores da Câmara de Joinville, as propostas para acabar com as diárias de viagem e com o pagamento de salários são encaradas como rompantes dos autores, sem possibilidade alguma de aprovação. Um dos indícios da rejeição das propostas foi o silêncio dos demais vereadores sobre o tema – a exceção foi a crítica de Odir Nunes (PSDB) a Wilson Paraíba (PSB), conclamando o autor do projeto das diárias a devolver o que já gastou com viagens. O outro foi de que não houve consulta prévia dos autores aos colegas antes de apresentação das sugestões.

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No caso das diárias, pelo menos há um projeto em tramitação, desde a semana passada, apresentada por Paraíba. Em relação ao “trabalho voluntário”, sem salário para os vereadores, há um manifestado interesse de Mauricinho Soares (MDB) em apresentar sugestão nesse sentido, mas o projeto ainda está em elaboração.

A tática será não deixar as propostas irem à votação em plenário, sendo derrubadas já em comissões. Em um exemplo, no ano passado Ninfo König (PSB) apresentou projeto para cobrar prestação de contas das diárias: se gastou menos do que precisou, teria de devolver. Hoje, os vereadores precisam comprovar que viajaram, mas não é preciso informar exatamente em quais despesas foi gasta a diária – que tem valor fixo. O projeto de Ninfo não foi adiante sem a necessidade de ser votado em plenário.

Hoje, a diária dos vereadores de Joinville para viagens fora de Santa Catarina (com exceção de Curitiba e região metropolitana), é de R$ 825 (2,8 UPMs). Para viagens dentro do Estado (e para Curitiba e região metropolitana) é de R$ 619. O salário dos vereadores de Joinville é de R$ 12,8 mil, brutos.

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