A reabertura parcial no segmento Sul, com 100 metros de extensão, foi a sugestão considerada mais adequada para o canal do Linguado, em São Francisco. O trecho passaria ser percorrido por pontes rodoviária e ferroviária, a serem construídas. A conclusão partiu de estudo iniciado no ano passado, com coordenação de equipe da Univali e apresentação nesta terça-feira em reunião do Grupo Pró-Babitonga, em Joinville. A opção pela reabertura “visa restabelecer o fluxo hídrico original, contribuindo para a restauração do equilíbrio ecológico e o retorno dos processos naturais”, conforme conclusão do estudo.
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As conclusões do trabalho foram enviadas ao DNIT pelo Ministério Público Federal, a pedido do próprio departamento: o estudo será analisado e pode ser levado em conta no futuro projeto de duplicação da BR-280 no local, ainda a ser contratado. A rodovia federal passa sobre o aterro do canal do Linguado. O IBAMA vem acompanhando a questão. Qualquer que seja a alternativa a ser adotada, serão necessários estudos complementares e o correspondente licenciamento ambiental.
Confira imagens do canal do Linguado
O estudo de modelagem hidrodinâmica pela Univali teve repasse do MPF, por meio de recursos de acordo em ação com empresa. Na elaboração, foram feitas pesquisas de campo, com coleta de dado, e análises, com simulações, de uma série de fatores, como batimetria, correntes, oxigenação da água, taxa de erosão, nível da água, sedimentos, entre outros.
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Os cenários analisados foram de abertura parcial de 75, 100 ou 200 metros no canal do aterro sul, instalação de 12 tubos de cinco metros de diâmetro e permanência do canal fechado. O aterro conta com os segmentos Sul e Norte, com a ilha João Dias entre os trechos. O segmento Norte não estava previsto no termo de referência do estudo. A opção considera mais adequada foi de abertura de 100 metros, com construção pontes e remoção de parte dos sedimentos, por meio de dragagem, antes da retirada do aterro.
Iniciativas de contenção também foram sugeridas. “Com ou sem a abertura do canal, os processos erosivos são inevitáveis devido às pressões ambientais. Em qualquer das opções, será necessário implementar uma gestão mais integrada, com intervenções preventivas para a estabilização das margens, uso de técnicas de engenharia, soluções baseadas na natureza e monitoramento contínuo”, apontou o estudo.
Histórico
No ano que vem, completam-se 90 anos do fechamento do canal, para passagem de ferrovia (que anteriormente percorria uma ponte). Além de impedir a passagem de embarcações, o aterro no canal que separa a ilha de São Francisco do Sul do continente levou ao assoreamento em um dos lados, com acúmulo de sedimentos. Ao longo de décadas, houve iniciativas, inclusive com ação judicial, pela reabertura, sem êxito.
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