Praticamente desaparecido e sem utilização há duas décadas, um ramal ferroviário de Joinville deverá entrar na discussão de prorrogação da concessão da Malha Sul, com devolução para a União, a pedido da concessionária. O ramal do Bucarein, ainda que desativado, faz parte da ferrovia Mafra-São Francisco do Sul. Como não há nenhum plano de reaproveitamento, o segmento de três quilômetros na área urbana de Joinville não deverá mais fazer parte da Malha Sul. A prefeitura deverá participar das discussões sobre a devolução, mas não tem planos de usar o que restou da linha do trem. Na prática, nada muda: apenas se confirma que o ramal não será mais usado.

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O ramal fez parte da apresentação sobre a Malha Sul, feita pela concessionária na Fiesc, há duas semanas. O segmento apareceu entre os trechos em avaliação – nesse caso, a plano é discutir a devolução à União. O ramal fez parte da história de Joinville. O ramal Bucarein foi instalado no início dos anos 50, com início em ponto da ferrovia principal perto da rua São Paulo até o então porto do rio Cachoeira, nas imediações do atual Mercado Público Municipal. No trajeto, os trens também movimentavam cargas no Moinho Santista, além do terminal portuário.

Após a desativação do porto, o ramal continua movimentado cargas para o moinho. No final dos anos 90, o transporte estava praticamente desativado. A construção da Arena Joinville, em 2004, foi sobre parte da ferrovia. Os trechos em passagens de nível (cruzamentos) foram encobertos pelo asfalto e hoje restam apenas pontos com vestígios dos trilhos. A ponte ferroviária sobre o rio Jaguarão (perto do Cachoeira) ainda existe, em acesso por imóvel particular.

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Em relação à ferrovia que cruza as zonas Sul e Oeste de Joinville, utilizada para movimentação de cargas embarcadas e desembarcadas no porto de São Francisco do Sul, a operação continua. Há possibilidade de a construção do contorno ferroviário, que levaria a passagem dos trens de carga fora da área urbana, ser incluída no futuro contrato da Malha Sul, a ser assinado até o final de 2023. Ainda assim, não significa que a obra será necessariamente retomada a curto ou médio prazos.

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