Biografia inédita de Dona Francisca pode vir a público no ano do bicentenário do nascimento da princesa que deu nome à colônia de origem de Joinville, caso o projeto receba apoio. O manuscrito redigido quando a filha de Dom Pedro 1º morou na França teve a transcrição iniciada e pesquisadores buscam apoio para a conclusão da produção do livro. Após contatos anteriores não terem trazido resultados, as tratativas estão em andamento com a comissão de Educação da Câmara de Vereadores de Joinville. Dona Francisca de Bragança, a princesa de Joinville, nasceu em 2 de agosto de 1824, com falecimento em 27 de março de 1898.
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O manuscrito foi localizado no Arquivo Histórico do Museu Imperial. durante a pesquisa para o livro “Alegrias e Tristezas: estudos sobre a autobiografia de D. Isabel do Brasil”. Os autores da publicação são o historiador e advogado Bruno da Silva Antunes de Cerqueira e a historiadora e arquivista Maria de Fátima Moraes Argon. Bruno de Cerqueira fundou o Instituto Cultural D. Isabel e Fátima Argon foi pesquisadora do Museu Imperial entre 1980 e 2018.
Com pouco mais de 100 páginas, a biografia foi redigida pela escritora francesa Clarisse Bader (1840-1902). O historiador Cerqueira cita que a Clarisse, católica engajada, foi porta-voz e “secretária” do Comitê das Damas da Sociedade Antiescravagista da França, nos anos 1890, prestando auxílio também a D. Isabel, já no exílio, nas lutas contra a escravidão pelo mundo. O livro sobre Dona Francisca trará também um perfil de Clarisse.
A autora da biografia era próxima da Casa de Orléans. Com o casamento de Dona Francisca com Francisco de Orléans, o príncipe de Joinville, a princesa e a escritora passaram a manter contato. A partir daí, surgiu a biografia. O principal objetivo do livro será proporcionar a publicação de um registro histórico, conforme o historiador Bruno de Cerqueira. Além da tradução do texto, serão incluídas notas de referência e contextualização. Imagens e reprodução de trechos do manuscrito também estão previstas.
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CÂMARA DE VEREADORES
O vereador Brandel Júnior, presidente da comissão de Educação, defende o apoio da Câmara na publicação da biografia: além do resgate sobre Dona Francisca, é uma forma também de o Legislativo deixar um legado. As tratativas para a participação da Câmara estão em andamento. Os vereadores Diego Machado, Érico Vinicius e Wilian Tonezi também estão envolvidos no tema. O objetivo é aprovação ainda neste ano, para permitir a conclusão do trabalho em tempo para o bicentenário. Se a participação for confirmada, escolas de Joinville poderão receber exemplares, conforme o vereador.
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