Por que o número de candidatos a prefeito caiu no maior colégio eleitoral de SC

A tendência de redução no número de candidatos se confirmou e Joinville terá cinco nomes da disputa pela prefeitura. Até porque a lista com 15 postulantes de 2020 foi completamente fora da curva, dificilmente o recorde se repetiria. No entanto, somente em 2000, quando Luiz Henrique buscou a reeleição contra dois concorrentes, o número foi tão reduzido – foram cinco candidatos em 2012 e 2004. Há uma série de motivos para a queda nos interessados em concorrer no maior colégio eleitoral de Santa Catarina, no qual 434 mil pessoas estão aptas a votar em outubro.

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A condição de o Novo rever a restrição às alianças e passar a aceitar coligações foi um movimento importante para a redução no número de candidatos. Adriano Silva vai tentar o segundo mandato com apoio de seis partidos e uma federação. Em 2020, o partido concorreu sozinho. A adesão em 2024 a Adriano também foi motivada pelo pragmatismo dos aliados, que consideram a gestão bem avaliada – o que também ajudou a afugentar determinados eventuais concorrentes.

Até o PSD, presente no segundo turno das últimas três eleições municipais de Joinville, desistiu de nova candidatura própria e se aliou a Adriano – que nem precisou abrir mão da vaga de vice (Rejane Gambin). Uma curiosidade: todos os partidos que estão agora com Adriano, com exceção do PSDB (que forma federação com o Cidadania) tiveram candidatos próprios a prefeito em 2020, levando em conta também partidos originais de fusões. O PL tentou aliança com Adriano no ano passado, sem sucesso.

Candidato do PL

A força eleitoral de Bolsonaro na cidade também teve impactos no lançamento das candidaturas a prefeito. Em 2020, o então presidente estava sem partido e vários candidatos se apresentaram como bolsonaristas, o que acabou diluindo as votações – na prática, a questão não teve influência.  Depois, Bolsonaro se filiou ao PL e a situação passou a ser outra: o apoio do ex-presidente é um dos principais trunfos de Sargento Lima, o nome do partido para a disputa. Bolsonaro teve em Joinville a maior votação proporcional nas eleições de 2018 e 2022 entre as cidades com mais de 300 mil eleitores.

Na convenção do PL de Joinville, o governador Jorginho Mello garantiu que vai buscar a vinda de Bolsonaro para a campanha municipal na cidade. Lima é deputado estadual reeleito – foi o mais votado em 2022 na cidade, na disputa pela Assembleia Legislativa. O parlamentar e o prefeito são os dois candidatos com mandato na corrida eleitoral em Joinville.

Ex-prefeito na disputa

A eleição de Joinville terá um ex-prefeito na disputa: Carlito Merss vai concorrer pela oitava vez pelo PT. O prefeito de Joinville entre 2009 e 2012 não demonstrava sinais de se candidatar em 2024, mesmo há pouco meses – a candidatura acabou sendo anunciada pouco antes das convenções. O candidato do PSB, Rodrigo Bornholdt, vice-prefeito entre 2005 e 2008, volta a disputar a prefeitura de Joinville. O advogado conta com apoio do PDT, Avante e Solidariedade.

A surpresa na reta final veio do MDB, com o lançamento de Luiz Cláudio Gubert como candidato. O deputado estadual Fernando Krelling preferiu não concorrer a prefeito, assim como os vereadores do partido (que vão disputar a reeleição) e o escolhido foi um estreante em eleições. Na reta final, o PP desistiu da candidatura própria e o escolhido em convenção, Anelísio Machado, passou a ser o vice de Gubert. A chapa MDB-PP passou a ser apresentada como união “histórica” entre dois tradicionais adversários, ainda que o enfrentamento já faça parte do passado há tempo.

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