A lentidão na duplicação da BR-280 e a priorização de outras frentes de obras estão contribuindo para que a decisão sobre o canal do Linguado não tenha urgência, ainda que a discussão relacionada entre o aterro e a ampliação da rodovia tenha mais de duas décadas (o futuro canal vinha sendo motivos de debates anteriores, mas o novo momento surgiu com a duplicação). O Grupo Pró-Babitonga, por meio do professor Cláudio Tureck, apresentou nesta segunda-feira as diretrizes de projeto de estudo sobre as possibilidades de remoção (parcial ou total) ou manutenção do aterro. O trabalho, na fase inicial, deverá ser concluído no segundo semestre de 2024. A apresentação foi feita na Acomac, em reunião do Conselho de Entidades Empresariais de Joinville, com participação de deputados com base em Joinville.
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A duplicação da BR-280 motivou a ação apresentada pelo Ministério Público Federal em 2001, com pedido de reabertura do canal fechado em 1935, em São Francisco do Sul. A alegação era de que a obra deveria ser incluída na ampliação da rodovia. Naquele momento, estavam sendo preparados os editais de licitação. A Justiça Federal determinou a realização dos estudos ambientais para a reabertura. Os trabalhos foram realizados, mas em pendenga que se estendeu até 2017, com recurso até ao STF, o canal foi mantido fechado.
Naquele momento, a duplicação da BR-280 já tinha iniciados nos lotes entre Guaramirim e Jaraguá do Sul. As obras no lote 1, no qual está o Linguado, começaram somente em 2018. Até agora, foram executados 26% dos trabalhos previstos. As obras estão paralisadas desde o final do ano passado para a revisão do projeto. Após o reinício, entre julho e agosto, a prioridade será o contorno de São Francisco do Sul e o viaduto de Araquari, em frente ao Instituto Federal Catarinense.
Portanto, a intervenção do canal do Linguado ainda vai levar tempo. O lote 1 tem ainda o desafio das desapropriações, com 447 áreas a serem compradas – o processo foi concluído ou está em andamento em torno de 70 imóveis. O DNIT chegou a solicitar, em 2019, a ampliação do aterro, para a instalação de mais pistas. O Ibama não se manifestou ainda, mas a concessão dessa licença é improvável. A outra possibilidade é a construção de uma ponte. Mas a decisão neste momento é aguardar sobre a conclusão dos estudos ambientais em andamento.
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