Em disparada, os registros de perturbação de sossego na Polícia Militar aumentaram em mais de 50% em Joinville, em média, durante o período da pandemia. O índice leva em conta a cobertura do 8º BPM, responsável pelo policiamento em maior parte da cidade. A situação preocupa por uma série de motivos, desde o aumento da possibilidade de contágio do coronavírus até os impactos no policiamento de prevenção, além dos transtornos provocados pelo barulho e algazarra.
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Mesmo antes da pandemia, as ocorrências de perturbação já eram elevadas. Não houve alteração significativa nos primeiros dias do isolamento, mas logo depois disparou em Joinville. A média mensal está em mais de mil ocorrências, principalmente nas sextas e sábados à noite. Mas não há um dia sem registros de queixas.
Festas familiares, encontro de jovens, entre outros, dominam as situações que demandam atendimento pela PM, principalmente por causa do som alto e, é claro, pelas aglomerações tempos de pandemia, com maior possibilidade de contágio. Uma constatação foi de que há cumprimento das medidas de isolamento durante a semana e, nos fins de semana, para o lazer, os cuidados são relaxados.
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Com o crescente número de ocorrências, não há como atender as todas as situações de forma satisfatória. O comandante do 8º BPM, Celso Mlanarczyki Junior, relata que as perturbações são, sim, fonte de preocupação para a PM. A polícia encara a participação popular, não apenas como denúncia, como fundamental para evitar as situações. A lista de motivos vai desde o momento de pandemia até a consciência de viver em sociedade, passando pelos transtornos aos vizinhos e aos autores, pela responsabilização. Além disso, policiais que poderiam estar atuando em ações de prevenção – como rondas – precisam se deslocar para atender a esse tipo de reclamação.
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