O reajuste da tarifa do ônibus em Joinville continua sem previsão e não deve ocorrer a curto prazo. O prefeito Adriano Silva alega que não há definição alguma sobre o tema: a prioridade é discutir com as empresas formas de redução de custos do transporte coletivo e como deixar o serviço mais atrativo para os passageiros. “Queremos sugestões”, diz o prefeito. Há outros motivos para que o aumento venha sendo adiado em Joinville, mesmo que exista decisão judicial desde 2015 com determinação para que os custos observados na planilha sejam transferidos para a planilha.
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A elevação da tarifa costuma ocorrer tradicionalmente no início de cada ano ou 12 meses após o último reajuste. Nesta semana, completou um ano do último aumento, concedido em 7 de fevereiro de 2020 – quando a passagem passou a custar R$ 4,75, se comprada antecipadamente. As empresas apresentaram as planilhas com os custos atualizados em dezembro e a prefeitura não se manifestou.
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Se for adotada a tarifa técnica, pela planilha, o valor seria tão alto que elevaria a perda de passageiros de forma expressiva. Em junho, por exemplo, o valor seria de R$ 8,60, conforme apontou projeto da prefeitura enviado à Câmara sobre concessão de subsídio, depois retirado. Portanto, a aplicação integral da planilha está descartada, nem há ação judicial das empresas cobrando o cumprimento da decisão de 2015 que manda subir pela planilha. Além do custo elevado, há outro motivo para não haver pressa no aumento.
Desde agosto, por causa de decisões judiciais em ações apresentadas pelas empresas, a prefeitura tem feito repasses para bancar os prejuízos com a operação deficitária do transporte coletivo, situação provocada pelos impactos da pandemia. Somente no ano passado, foram desembolsados R$ 8 milhões – os pagamentos são mensais e continuam em 2021. Com o aporte, o reajuste do ônibus perde urgência, ainda mais levando em conta que novo aumento, ainda que relativamente reduzido, aumenta a chance de perda de mais passageiros.
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