A organização do Festival de Dança de Joinville já tinha a convicção da impossibilidade de realização do evento no prazo original, entre 21 de julho e 1º de agosto. Mas pretendia deixar o anúncio para meados de maio para ter tempo suficiente, até lá, para comunicar o adiamento já com a nova data escolhida. Pelo menos era essa a intenção. A nova data seria uma forma de garantir, de forma mais consistente, a intenção de realizar a edição de 2020 de festival.
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Só que os questionamentos se intensificaram, teve o pedido de informações do Ministério Público Federal sobre as datas e a divulgação da suspensão acabou sendo anunciada nesta quinta-feira, sem nova data – foi abordada apenas a pretensão de realizar entre setembro e novembro.
Mas ainda que o anúncio fosse deixado para depois, mesmo em maio seria difícil chegar a uma definição: o governo de Santa Catarina até poderia vir a ter uma posição sobre eventos dessa natureza, mas a organização precisa levar em conta os impactos da pandemia nas demais unidades da federação, afinal, em torno de 60% do público é de fora do Estado.
Por esses motivos, saiu hoje o anúncio de suspensão. E eventual cancelamento é uma medida que a organização não pretende tomar, pelo menos unilateralmente: o festival só será realizado no momento em que o poder público, seja prefeitura e Estado, garantirem que não há riscos. Agora, será discutida a nova data com a Secretaria de Cultura e Turismo de Joinville e o governo do Estado.
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