O espetacular resultado de domingo em Joinville, uma confirmação da força de Jair Bolsonaro na cidade, colocou de vez o PL na disputa pela prefeitura em 2024. Bolsonaro fez 69% votos na cidade (62% em Santa Catarina), Jorginho Mello chegou perto de 47% dos votos (fez 39% no Estado) e elegeu deputados para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados. Em 2018, uma candidatura bolsonarista com mais expressão também era prevista para 2020, “certeza” que não se conformou. Agora, a situação é diferente em relação ao então PSL e deve sair do PL um dos principais adversários de Adriano Silva (Novo) na provável tentativa de reeleição daqui a dois anos.
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Em 2018, o PSL também fez votação expressiva e um “candidato do governador” no maior colégio eleitoral do Estado era apontada como inevitável. Carlos Moisés acabou se afastando do presidente e antes mesmo da eleição municipal, Bolsonaro já havia deixado o PSL. O partido enfrentava disputas internas e, com a saída do presidente, acabou enfraquecido: campeão de votos na cidade em 2018, ficou em sexto lugar na disputa pela prefeitura em 2020, com os 14 mil votos de Dalmo Claro. Agora, a situação é diferente.
Com vantagem na votação do primeiro turno para busca da eleição para o governo do Estado no segundo turno, Jorginho Mello, político mais tradicional, deverá buscar, se eleito, ampliar a base nos municípios na eleição de 2024 – ainda que saiba que nada é mais importante do que contar com o apoio de Bolsonaro. Neste momento, o principal nome citado para concorrer a prefeito em 2024 pelo PL é de Sargento Lima, um dos primeiros parlamentares a atender ao convite de Jorginho para se filiar ao partido.
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A votação de Lima em Joinville passou de 25,6 mil votos para 38,5 mil em quatro anos, garantindo a condição de candidato a deputado estadual mais votado na cidade. Reeleito com votação total de mais de 71 mil votos, Lima sai com vantagem para ser candidato a prefeito pelo PL, ainda que não tenha se manifestado sobre a eleição de 2024. O outro eleito pelo PL em Joinville, Zé Trovão, tem perfil de “carreira solo”, como define uma das lideranças no partido na cidade, e dificilmente terá interesse em concorrer em 2024. Coronel Armando, próximo de Bolsonaro, ficou na suplência na tentativa de reeleição.
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