A prefeitura de Joinville tem um desafio para conseguir acessar os R$ 600 milhões previstos pelo governo do Estado. Em estratégia incomum para esse tipo de programa, nos quais são acondicionadas no mesmo pacote iniciativas já previstas e novos investimentos, não foram divulgadas listas de obras por cidade: os convênios serão liberados conforme forem sendo apresentados os projetos e licenças – ou seja, sai dinheiro quando não tiver mais pendências. Concluir os projetos e tirar entraves do caminho será o desafio do governo Adriano Silva, mesmo o programa tenha estimado em cinco anos para a liberação de todo montante previsto (mais de R$ 7 bilhões no Estado).
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As obras mais encaminhadas são aquelas já previstas antes mesmo do governo do Estado ter a ideia de repassar recursos para as cidades conforme o tamanho da população – Joinville terá pouco mais de R$ 600 milhões porque são R$ 1 mil por habitantes. Trata-se da duplicação da Dona Francisca em segmento mais ao Norte (entre a Schulz e a BR-101) e a construção da ponte da Aubé com a Plácido Olímpio de Oliveira. Ou seja, sem relação com o Plano 1000.
A duplicação está com o projeto executivo em fase final de elaboração e pode ser licitada no primeiro semestre. A ponte da Aubé, em tese, também pode ter edital da concorrência lançado no começo de 2022 – desde 2011, no entanto, a obra sempre está iminente e até hoje não saiu.
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As demais duplicações serão uma dificuldade para sair do papel por causa das desapropriações. Ottokar Dorffel, segmentos da Dona Francisca entre a Döhler e a Schulz e da Santos Dumont entre João Colin e universidades e a abertura da Almirante Jaceguay, não saíram do papel no passado porque a prefeitura de Joinville não tinha dinheiro para as desapropriações. Ainda não está claro se terá repasse para a compra de áreas. Se não tiverem verbas estaduais para essa função, as chances dessas obras saírem do papel são remotas.
Dessa forma, mais provável é as primeiras obras a serem executadas saiam de uma relação que tem as requalificações da João Colin, São Paulo (trecho Sul) e Monsenhor Gercino, pavimentação da rua Eurides Francisco Tomasoni (ligação entre Paranaguamirim e Uysses Guimarães) e travessa Bachmann. Não é pouca coisa, mas as obras mais estruturantes não estão nessa lista. De maior impacto, as maiores chances estão com o Eixo K e a já citada ponte da Aubé.
MAIS PROJETOS
A prefeitura de Joinville pretende acelerar a elaboração de projetos com a contratação de empresa privada. Uma licitação em andamento reserva quase R$ 28 milhões para montar projetos executivos. As peças serão fundamentais para tentar garantir os recursos previstos pelo governo do Estado, ainda que existam outras demandas, como as desapropriações e licenciamentos ambientais, como é o caso da ponte da rua Anêmonas.
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