A largada para a contratação do estudo de viabilidade é uma etapa importante por ser a primeira iniciativa formal de preparação para obra, depois de décadas de “sugestões”, mas a construção da ponte da Vigorelli continua distante, quase sem chances de ser iniciada nesta década e com possibilidades para a próxima década, com algum otimismo. A imprevisibilidade não é somente por conta das tradicionais e inevitáveis dificuldades de uma obra de mais de R$ 300 milhões em um ambiente marítimo: será preciso também uma mobilização de lideranças políticas e empresariais.

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A ponte da Vigorelli é uma nova ligação entre Joinville e a parte continental de São Francisco do Sul, na Vila da Glória. A travessia entre as duas localidades, na baía da Babitonga, é feita por meio de ferryboat. O estudo de viabilidade foi proposto inicialmente em janeiro passado, em momento no qual uma das embarcações estava interditada – ainda que a ponte já vinha sendo sugerida há décadas.

Após a conclusão do estudo de viabilidade, que vai apontar estimativas de custos, entre outras diretrizes, será a vez dos projetos executivos. O custo será maior, em relação ao levantamento de viabilidade (edital vai prever mais de R$ 4 milhões), o que demandará ajuda do governo do Estado. Um trabalho dessa complexidade deve levar em torno de dois anos. Haverá também a necessidade de contratação dos estudos ambientais e, na sequência, o início do licenciamento ambiental.

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Apenas para comparar, uma ponte de grande porte em Joinville, a ligação de 980 metros entre os bairros Adhemar Garcia e Boa Vista, teve o primeiro estudo licitado no final de 2013 e as obras começaram em maio de 2024. Originalmente, a Ponte Joinville foi proposta no Plano Viário de 1973. A Ponte de Guaratuba tem construção prevista na Constituição do Paraná de 1989, mas a preparação ganhou mais força nos últimos anos, com obras iniciadas em 2024 e previsão de conclusão em 2026.

Para a ponte Vigorelli, o grande desafio é a busca de recursos. Há ideia de concessão para a iniciativa privada, com futura cobrança de pedágio, mas para um investimento superior a R$ 300 milhões será preciso contar com recursos públicos – o que só será alcançado com mobilização e definição de quem fará a busca.

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