Ainda que a campanha eleitoral presidencial tenha deixado temas como infraestrutura em segundo plano, o setor tem uma série de demandas em Joinville e região para o governo federal nos próximos quatro anos. A duplicação da BR-280 lidera entre as prioridades, mas há outras cobranças, como os investimentos no BR-101 Norte, os contornos ferroviários, instalação de zona de exportações e expansão portuária na Babitonga.

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A duplicação da BR-280 está em obras desde 2014 e até agora nem metade dos trabalhos previstos foram executados. O lote mais atrasado, com 25% de execução, é o mais próximo de Joinville, os 36 km entre o porto de São Francisco do Sul e a BR-101. Com exceção do canal do Linguado, onde não foi decidido o que será feito, a duplicação não enfrenta demandas ambientais: os trabalhos atrasaram porque os recursos são escassos para bancar as obras e as desapropriações. Ainda falta quase R$ 1 bilhão para a conclusão.
Os investimentos na BR-101 Norte estão estimados em quase R$ 300 milhões, em segmento entre Garuva e Barra Velha. Para a expansão portuária, as demandas são de dragagem dos canais internos e externos na baía da Babitonga, usados pelos navios no acesso aos portos de São Francisco do Sul. No comércio exterior, uma das solicitações de entidades empresariais é a zona de processamento de exportações em Joinville, com incentivos fiscais.

As principais demandas em infraestrutura
Duplicação da BR-280
A conclusão das obras, ainda sem previsão, precisa de R$ 970 milhões, em recursos para os lotes nos 76 km em ampliação. Ainda há demanda por repasses para a conclusão das desapropriações. Não há definição sobre o que será feito no canal do Linguado

Ampliação da BR-101 no Norte
Investimento seria de R$ 292 milhões entre Garuva e Barra Velha, principalmente para ampliar a capacidade de tráfego em vias laterais em segmentos urbanos. As obras não estão previstas no contrato de concessão e teriam de ser autorizadas pela ANTT, com inclusão no pedágio. Na região de Joinville, a construção de mais vias marginais e elevados pode permitir o trânsito local sem necessidade de acesso às pistas principais.

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Contornos ferroviários de Joinville e São Francisco do Sul
No caso dos contornos ferroviários de Joinville e de São Francisco do Sul, com obras paradas desde 2011, o governo federal admite que não tem recursos. A saída será tentar incluir as obras no futuro contrato de concessão da Malha Sul, cuja prorrogação pelos próximos 30 anos deve ocorrer até o final de 2023. As duas obras têm custo estimado de R$ 675 milhões, somadas.

Complexo portuário
São pelo menos R$ 350 milhões para a dragagem e aprofundamento dos canais interno e acesso à baía da Babitonga. As intervenções estão em fase de licenciamento ambiental. A construção de mais um berço de atracação em São Francisco está estimada em R$ 200 milhões.

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