Enquanto as obras do rio Mathias, ainda sem prazo para conclusão e mergulhada em impasse entre a prefeitura de Joinville e as empreiteiras, estão sendo preparadas as futuras intervenções de macrodrenagem na cidade, mas sem previsão de início dos trabalhos. Embora apenas drenagem dos rios Itaum e Itaum-mirim, na zona Sul, tenha fonte de recursos definida, foi dada a largada nos projetos para outros rios.

Continua depois da publicidade

Leia mais: Na pandemia, cortes no emprego atingem 84% das cidades de SC; veja quem perdeu mais de mil vagas

A instalação de galerias para amenizar os alagamentos nos rios Itaum e Itaum-mirim tem possibilidades de lançamento do edital de obras em 2021, em decisão a ser tomada pelo futuro prefeito. Neste momento, o mais provável é que a licitação fique para 2022. O projeto ficará pronto em fevereiro e depois será a vez do licenciamento ambiental. Em tese, é possível lançar a concorrência na fase final de análise do pedido de licença. A intervenção será bancada com empréstimo contratado em 2017 junto ao BID. Os US$ 70 milhões serão usados também em instalação do Parque Piraí e microdrenagem e pavimentação no Vila Nova.

Na semana passada, foi concluída a contratação de empresa para a elaboração dos estudos ambientais para as macrodrenagens dos rios Bucarein e Jaguarão, além da área afetada na bacia do rio Cachoeira pelas obras. Esse contrato é de R$ 1,9 milhão, a ser custeado pelo financiamento com o BID. Há outros estudos a ser realizados para, a partir daí, iniciar a busca de recursos – hoje não tem fonte para bancar as obras.

O Plano Diretor de Drenagem Urbana (PPDU), concluído em 2011 e atualizado em 2016, prevê custo de quase R$ 600 milhões para essas obras no Bucarein e Jaguarão, sem incluir a região do Cachoeira. A obtenção desse montante de uma só vez é improvável – afinal, o maior financiamento internacional conquistado até hoje por Joinville é justamente o de US$ 70 milhões, pouco mais da metade do exigido pelas futuras obras.

Continua depois da publicidade

Leia mais: Volta dos ônibus em Joinville: horários de trabalho podem mudar para reduzir movimento em horário de pico