A maior ocupação dos leitos de UTI e a sensação de “vida normal” foram os principais motivos para a prefeitura de Joinville determinar medidas mais restritivas por meio de decreto publicado nesta terça. As regras de maior impacto são o maior isolamento de pessoas com 60 ou mais anos de idade (só poderão sair a rua para trabalhar, receber atendimento médico ou comprar alimentos e produtos de saúde) e obrigatoriedade de uso das máscaras também nas ruas.
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A Secretaria de Saúde de Joinville está calibrando seus parâmetros de enfrentamento do coronavírus por meio de matriz do governo do Estado: nessa plataforma, uma série de indicadores aponta a gravidade de cada região do Estado em relação à pandemia e as providências correspondentes a serem tomadas. Na semana passada, o Ministério Público questionou a prefeitura de Joinville sobre o tema, se os dados apontados pela matriz estadual estariam sendo servindo de baliza na cidade.
Um dos critérios fundamentais para avaliar as futuras medidas é a ocupação de UTI. Como Joinville chegou a 64%, o índice mais alto desde o início da pandemia, houve o sinal de alerta. Além do decreto com as medidas, a secretaria quer credenciar na rede privada pelo menos 20 novos leitos de UTI para pacientes com covid-19.
A “normalidade” nas ruas também foi levada em conta. A maior circulação de pessoas nas ruas, com as consequentes aglomerações, impressionou nas últimas semanas. Além disso, não houve avanço no uso das máscaras nas ruas, onde a utilização era recomendada – com o decreto de hoje, partir de quinta passa a ser obrigatória também em espaços públicos abertos. A avaliação foi de que boa parte da população passou a encarar a pandemia como situação controlada. Como não é o caso, novas medidas foram tomadas.
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