A atual administração municipal mudou a posição da década passada sobre a drenagem do rio Cachoeira. A defesa do aumento da capacidade de escoamento de água continua, como forma de conter os alagamentos na região central de Joinville. No entanto, com outro entendimento em relação ao sugerido no Plano de Diretor de Drenagem Urbana de 2011: em vez de obras de infraestrutura de grande porte, a busca passou a ser por técnicas de drenagem “sustentáveis”. A nova posição será levada em conta na revisão do plano, contratada no ano passado.

Continua depois da publicidade

Clique para receber notícias de Joinville e região no WhatsApp

As observações sobre o rio Cachoeira fazem parte do material preparado para a contratação de empréstimo internacional. São R$ 260 milhões para investimentos em parque e desassoreamento no rio Cachoeira e empreendimentos em habitação. A contratação junto à Agência Francesa de Desenvolvimento está na fase inicial, de avaliação pelo governo federal.

No caso do Cachoeira, além das etapas do parque linear, estão previstas obras de drenagem, com ampliação da calha com retirada de sedimentos (desassoreamento e dragagem), além de ampliação do leito (perfilamento). Outras estruturas estão previstas, como mais áreas verdes e calçadas drenantes nas margens. O conceito é de mais “verde” em relação ao “cinza”’.

A avaliação da prefeitura no documento é de que as grandes obras de infraestrutura previstas na primeira versão do plano têm dificuldade de execução por causa da urbanização atual da cidade, além dos custos “altíssimos”. O pacote de macrodrenagens sugerido em 2011 apontava as obras no rio Cachoeira como fundamentais para o enfrentamento dos alagamentos, antes mesmo das intervenções nos afluentes. Das 20 obras recomendadas, apenas uma foi concluída, no Morro Alto. A macrodrenagem do rio Mathias foi iniciada, mas parou em 2020, com execução de 70% do contrato.

Continua depois da publicidade