Após garantir não ter vindo a Joinville para “colocar fogo” e sim “resolver problemas”, Luciano Hang foi duro nas críticas à Prefeitura durante a manifestação dele em reunião promovida pela Câmara de Joinville para discutir o atraso na liberação de alvarás de construção.

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Para o dono da Havan, a Prefeitura se transformou em um “problema” na cidade por causa da burocracia. Hang foi convidado para encontro promovido pela Comissão de Finanças após as críticas à Prefeitura, feitas em redes sociais, devido ao atraso na liberação para construção de mais três lojas em Joinville. 

Dois anos

Das três novas lojas pretendidas pela Havan, duas (rua Santa Catarina e Aventureiro) já estão com pedidos de licenciamento em andamento. O próximo protocolo será para construção no Costa e Silva. No caso da rua Santa Catarina, Luciano Hang citou que as tratativas estão em andamento há mais de dois anos. “Precisamos abrir três lojas e são mais 400 a 500 novos empregos”. 

Comunismo

O empresário se queixou da burocracia, alegou não querer colocar a culpa em Udo Döhler, mas cobrou atitude do prefeito, como “bater na mesa” para fazer andarem os projetos, que hoje tem “pessoal sentado em cima”. Em boa parte da sua fala, Hang voltou a se queixar da forma como empresários são tratados no País, de teor semelhante às frequentes manifestações em rede sociais. Para ele, o Brasil virou “comunista” por causa do peso do Estado.

Dificuldade histórica

O secretário Danilo Conti (Planejamento Urbano) admitiu dificuldades “históricas” de Joinville no licenciamento, principalmente ambiental, situação também verificada em outras cidades. Após citar avanços em procedimentos, Conti recorreu à nova estratégia da Prefeitura quando cobrada sobre o tema: adotar o modelo de Fortaleza para tentar agilizar as licenças. A proposta ainda em estudos e sem cronograma de implantação. 

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Quando era projeto… 

Ainda mais inflamado do que o costume nas críticas à Prefeitura, Odir Nunes acabou sendo o principal alvo de vídeo apresentado por Richard Harrison. O líder do governo disse que a Prefeitura apresentou projeto para permitir a reutilização de áreas que foram cota 40 (como é o caso do imóvel pretendido pela Havan na zona Sul), mas a tramitação levou quase um ano. E mostrou falas de Odir (e também de Ninfo König, Rodrigo Coelho e Tânia Larson) com críticas ao projeto, pelo menos à versão inicial da proposta).

Mais um ano

A lei para a regularização de construções foi prorrogada nesta quarta-feira (08) por mais um ano pela Prefeitura de Joinville. A legalização é feita em troca de pagamento de contrapartida ao município. A primeira versão da legislação ficou conhecida como Lei Cardozinho.

Antes da LOT

Danilo Conti disse na quarta-feira (08) na Câmara que críticos da LOT apontavam que lei iria “travar Joinville” por causa de equívocos. “Não foi isso que aconteceu”, disse o secretário, acrescentando que atrasos na liberação de empreendimentos não tem relação com a lei em vigor desde 2017.

Popular

Luciano Hang foi tietado na Câmara de Joinville, inclusive por vereadores. Na plateia, até coro de apoio apareceu.

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Aos 96 anos, Sebastião Menotti Nunes foi homenageado nesta quarta-feira (08), Dia da Vitória, na Câmara de Joinville. Expedicionário na Segunda Guerra Mundial, Sebastião participou da sessão lembrando da presença do Brasil na luta. A homenagem foi proposta por Fabio Dalonso.