A possibilidade de lockdown em Joinville está afastada neste momento. “Não tem necessidade de lockdown”, diz o prefeito Udo Döhler, em manifestação no final da manhã desta segunda-feira (13). Mesmo que a pandemia do novo coronavírus venha a se agravar ainda mais, a prefeitura de Joinville acredita que há medidas intermediárias restritivas a ser adotadas antes de eventual lockdown, situação na qual são permitidas apenas atividades essenciais, em modelo semelhante ao aplicado pelo governo do Estado em Santa Catarina entre março e abril. “Temos margem de manobra”, alega Udo.
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O prefeito Udo também espera que o governo do Estado mantenha a autonomia das prefeituras na tomada de decisões sobre o enfrentamento do coronavírus. No final de semana, o colunista Anderson Silva adiantou a possibilidade de o Estado anunciar novas medidas.
Udo considera como “acertadas” as medidas tomadas pela prefeitura nas últimas semanas. Em dois decretos, foram determinados o isolamento domiciliar de idosos, uso obrigatório de máscaras nas ruas e limitação no horário de funcionamento de bares e restaurantes. Além disso, há convicção de que situação melhor ao final das duas próximas semanas, quando o frio será menos intenso. No entanto, o prefeito admite que a situação não é de “conforto”. “Mas poderíamos estar em situação melhor se o governo do Estado tivesse entregue os 20 novos leitos de UTI no Hospital Regional”, diz Udo. Os leitos devem ser ativados em agosto, mas há necessidade de contratação de pessoal.
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PEDIDO DE LOCKDOWN
O Comitê Popular Solidário de Joinville divulgou carta pública com defesa do lockdown. A solicitação encaminhada ao prefeito foi motivada pelo avanço da pandemia em Joinville, em especial pela crescente ocupação de UTIs. O Comitê tem a participação de 25 entidades, entre sindicatos, coletivos, ONGs, partidos políticos etc.