No final de 2019, o Ministério Público de Santa Catarina retomou as cobranças de informações ao DNIT sobre a duplicação da BR-280 no trecho em São Francisco do Sul, inclusive com solicitação de cronograma. O departamento, mais uma vez, responsabilizou a falta de dinheiro pela lentidão nas obras. Foi alegado ainda que não há como informar quando as obras serão concluídas.Mas se houve recursos disponíveis, a conclusão poderia ocorrer em quatro anos. Na montagem do orçamento da União para 2020, o DNIT queria R$ 331 milhões para a duplicação, incluindo supervisão e desapropriações. Foram aprovados apenas R$ 73,6 milhões.
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O inquérito civil foi aberto por promotores de Joinville, São Francisco do Sul e Araquari em 2014 após sucessão de acidentes na BR-280. Além das informações sobre a duplicação, houve questionamentos à época sobre a fiscalização nos acessos em Araquari e São Francisco do Sul. Na resposta ao questionamento de agora da 2ª Promotoria de Justiça de Araquari, o DNIT informa ter gasto R$ 20 milhões no lote 1, em obra iniciada em setembro do ano passado. Esse foi o recurso disponibilizado para o trecho, sendo usado até agora na drenagem, terraplanagem e outras medidas do novo traçado da rodovia em São Francisco do Sul.
Nos demais lotes da duplicação, em Jaraguá do Sul e Guaramirim, foram executados em torno de 40% do previsto no contrato. Ainda que estejam mais adiantados em relação ao trecho entre São Francisco e Araquari,os trabalhos também estão atrasados nos dois lotes;