A possibilidade de demolição de dois galpões da Cidadela Cultural de Joinville está motivando apuração do Ministério Público de Santa Catarina. A promotoria solicitou à prefeitura esclarecimentos sobre a eventual demolição. À Comissão do Patrimônio Histórico (Comphann), foram requeridas informações sobre reunião realizada há duas semanas, na qual o tema foi tratado. Na segunda-feira, a demolição e as deliberações do Comphann foram tratados em reunião no MP, com participação de representantes da prefeitura.

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A apuração está sendo feita pela 14ª Promotoria de Justiça, autora da ação que levou a Justiça determinou à prefeitura a reforma e recuperação da Cidadela. O procedimento específico sobre a demolição dos galpões 12 e 13 foi aberto após o MP receber relato sobre reunião da Comphann) no último dia 15.

Na reunião, houve citação sobre a demolição, autorizada pela própria Comissão do Patrimônio Histórico em 2010, além de análise sobre retirada de materiais do complexo. Um dos questionamentos foi de que um dos temas tratados na reunião como comunicação acabou sendo citado como deliberação em documento.

Questionada pela coluna, a assessoria da prefeitura alega que há interesse na demolição dos dois galpões, por questão de segurança – as edificações estão deterioradas. Além disso, os prédios não fazem parte do conjunto de construções tombadas pelo patrimônio histórico com proteção integral. No entanto, a decisão só deve ser tomada após a análise das propostas de gestão da Cidadela pela iniciativa privada.

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Em relação à reunião da Comphann, a prefeitura alega que o equívoco em documento será sanado e a ata não constará como deliberação. Conforme a assessoria, as informações foram passadas à promotoria, órgão com o qual o município já vinha mantendo contato sobre o futuro da cidadela. Os galpões 12 e 13 ficam nos fundos do complexo, junto às encostas do morro. Em uma das estruturas, funcionou a Escola de Panificação Suíça nos anos 2000.

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