A base governista tentará conciliar a contraproposta dos motoristas dos aplicativos com projeto da Prefeitura de Joinville de alteração da lei municipal do transporte de passageiros. Esse foi o resultado da reunião de Udo Döhler com a Associação dos Motoristas de Aplicativos, realizada na manhã desta terça-feira (10). Há certa pressa no acordo porque o Ministério Público está apurando como está sendo feita em Joinville a fiscalização da modalidade de transporte.

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Os motoristas não querem a cobrança do preço público, a taxa pelo uso da malha viária. Mas propuseram nesta terça (10) que a cobrança não passe de 1% do valor da corrida. Seriam dez centavos em uma corrida de R$ 10, por exemplo. A Prefeitura está disposta a renegociar. Pela lei de 2017, a cobrança seria de pelo menos 15 centavos por quilômetro rodado. Em outro tema polêmico, o cadastramento dos motoristas e veículos na Prefeitura, há concordância dos dois lados, ainda que exista certa divergência sobre detalhes.

Ação do bullying 

Em ação provavelmente inédita, embora existam processos judiciais referentes a indenizações por danos morais por situações ocorridas em escolas, a Prefeitura foi condenada a pagar R$ 40 mil por causa de bullying. A vítima foi estudante de colégio municipal e sofreu intimidação de colegas no início da década. A decisão, divulgada nesta terça-feira pela assessoria do Judiciário, foi da 2ª Vara da Fazenda Pública. A Prefeitura vai recorrer em outras instâncias.

Processo

Mauricinho Soares (MDB) entrou com ação judicial com pedido de indenização por causa de postagem considerada ofensiva por ele. O vereador alega que críticas à sua atuação política não são motivo do processo e sim ataques pessoais. A ação é contra rede social, para que sejam identificados responsáveis por página. A Justiça ainda não se manifestou.

Com atenção

A PM tem preocupação com a formação de novos “acampamentos” em espaços públicos, como o instalado na Ottokar Doerffel e agora desfeito. O entendimento é de que o direito de ir e vir das demais pessoas, com o bloqueio ou restrição da passagem, precisa ser preservado. Além disso, a ampliação das aglomerações poderá causar transtornos inclusive para os próprios moradores de rua. E se não forem tomadas medidas cedo, no momento de início dos chamados acampamentos, a situação pode se agravar. A defesa é de trabalho conjunto com a Assistência Social.

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Sem barracas

Depois de seis meses, os moradores de rua abrigados em barracas montadas na rua Ottokar Doerffel deixaram o local. A saída do “acampamento” em frente ao Cemitério Municipal não foi motivada por interferência da Secretaria de Assistência Social, como ocorreu na marquise de banco na área central de Joinville antes da instalação das grades.

Mas a saída foi tratada pela secretaria com a PM, que monitorou no local nos últimos dias. À tarde, foi feita a limpeza de local – que já chegou a contar com dez barracas. Os moradores que deixaram a calçada não se instalaram em outro local, mas estão nas proximidades do Centro Pop, também localizado no bairro Anita Garibaldi.