Dois anos após a concessão da licença inicial, a dragagem do canal de acesso à baía da Babitonga e o alargamento da praia de Itapoá ainda não têm prazo para início das obras. As tratativas continuam em andamento, com a busca de nova etapa do licenciamento ambiental e de fonte de recursos para bancar os investimentos.
Continua depois da publicidade
Mas não há como estimar quando será possível dar largada aos dois trabalhos. As duas obras estão conectadas – em modelo inédito no País, porque pela primeira vez será usado material retirado de dragagem de porto no engordamento da faixa de areia. “Nunca houve projeto de uma obra desse tipo no Brasil, em que de uma obra de dragagem em um porto, os sedimentos fossem usados no engordamento de uma praia”, diz o diretor-presidente do porto de São Francisco do Sul, Cleverton Vieira, em entrevista à CBN Joinville nesta semana.
Entre na comunidade do WhatsApp de Colunistas do NSC Total
Em abril de 2022, o Ibama concedeu a licença ambiental prévia para a dragagem do canal externo, usado para acesso dos navios aos portos de São Francisco do Sul e Itapoá. Com a remoção de sedimentos no fundo do mar, o calado passará de 14 para 16 metros, permitindo embarcações de maior porte. O licenciamento havia sido solicitado em 2015.
A novidade no modelo é uso de parte dos sedimentos a serem retirados com as obras para aumentar a profundidade do canal: dos 15 milhões de metros cúbicos, em torno da metade será usada no alargamento de praias em Itapoá, afetada parcialmente pela erosão costeira. Será a maior obra dessa modalidade no País. A quantidade de material é quase três vezes maior à utilizada na praia em Balneário Camboriú, onde a faixa de areia foi ampliada em 2021. Nunca os sedimentos retirados em dragagem de portos no País foram usados na recuperação deu uma praia.
Continua depois da publicidade
No entanto, o porto de São Francisco do Sul ainda está buscando uma fonte para bancar a dragagem do canal, com custo estimado em R$ 300 milhões. Uma das possibilidades é por meio de concessão à iniciativa privada – o modelo pioneiro está previsto para o Porto de Paranaguá, com edital em preparação. Em outra frente, está sendo aguardada a licença ambiental de instalação, pelo Ibama, necessária permitir as obras, quando possível.
Leia também
Novo atraso deve deixar resultado da licitação do ônibus para final do ano
Quais os próximos trechos a serem liberados em duplicação em SC
O que falta para a volta das obras na duplicação da BR-280 entre São Francisco e Araquari
Estudos sobre concessão da Arena Joinville podem avaliar shopping e hotel
Após polêmica com prestação de contas, nova parcela para hospital em Joinville será repassada
Reforma da Arena Joinville será obrigatória se sair concessão; novo estádio pode ser avaliado
O que motivou ação do MP com cobrança ambiental em Joinville