Uma das principais metas do Plano de Mobilidade de Joinville continua distante de ser alcançada. Em 2015, quando o conjunto de diretrizes para a mobilidade na cidade foi divulgado, um dos objetivos era reduzir de 41% para 20% a parcela de deslocamentos com veículos motorizados individuais (carros e motos). Assim, em 2025, apenas uma a cada cinco viagens dentro da cidade seria feita por meio de automóvel ou motocicletas. Os ônibus e bicicletas, além dos deslocamentos a pé, absorveriam parte dessa demanda deixada pelo transporte individual. Na prática, seria uma virada do transporte coletivo sobre o individual. O resultado está sendo bem diferente.

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Na última pesquisa de origem e destino de Joinville, realizada em 2020 durante a elaboração do projeto de revisão do Plano Viário, o transporte individual avançou, passando para 54% dos deslocamentos. O avanço do transporte individual foi justamente sobre o transporte coletivo, que continuou perdendo passageiros. Os ônibus tiveram certa recuperação no ano passado, mas ainda não retomaram o patamar anterior à pandemia. Portanto, se nova pesquisa for feita sobre os deslocamentos em Joinville, é possível que a fatia do transporte coletivo tenha caído em comparação com 2020. Pelo Plano de Mobilidade, a meta era ampliar a parcela dos ônibus de 25% (fatia de 2015) para 40%, em 2030.

No intervalo de nove anos, desde o início da vigência do Plano de Mobilidade, Joinville ganhou mais 98 mil veículos, chegando a uma frota de 470 mil unidades. O Plano de Mobilidade traça diretrizes para o planejamento, sem impor metas obrigatórias. No entanto, logo após a elaboração, os objetivos passaram a ser consideradas ousadas demais, em avaliação mantida até atualmente.

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