Assim que se confirmou o processo de criação do Aliança pelo Brasil, a situação do PSL em Joinville parecia encaminhada, afinal um só grupo passaria a comandar o partido, com a ala divergente rumando para a nova legenda. Até houve a tal pacificação interna, mas o PSL continua distante de definição sobre a eleição municipal. Neste momento, apesar de negativas de lideranças do partido, o caminho parece ser a coligação com o MDB de Fernando Krelling.
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O deputado e pré-candidato a prefeito pelo MDB foi o único parlamentar convidado para a solenidade de autorização da obra mais importante lançada pelo governo Moisés em Joinville, a duplicação do Eixo Industrial. Mais recentemente, Krelling fez mais fotos, desta vez com Douglas Borba, da Casa Civil. O encontro foi para tratar de “política”.
"DOIS PSL"
Em paralelo, Udo Döhler faz sua parte: diz que quer Krelling como interlocutor junto ao governo do Estado e faz elogios ao governador a todo o momento. Só o fato de ter Carlos Moisés ter derrotado Gelson Merisio já garantiria a gratidão do prefeito de Joinville, desafeto do ex-deputado (Udo acha que a aliança MDB-PSD só não saiu em 2016 em Joinville – reeleição dele – por “culpa” de Merisio).
Mas o prefeito não só faz questão de deixar claro ao alinhamento ao governador, como se atreve a provocações: “tem dois PSL, um do governador e outro do Schiochet”, em uma referência ao presidente estadual da legenda, Fabio Schiochet, defensor da candidatura própria em Joinville.
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Se questionado se tem acordo com o PSL para a eleição em Joinville, Udo muda o foco da conversa e diz apenas a obviedade de que o MDB precisa de alianças.
NEM FOTOS
Secretário de Assuntos Internacionais, Derian Campos, se livrou da oposição interna do Coronel Armando dentro do PSL, afinal, o deputado federal vai para o Aliança. Mas ainda assim, não conseguiu uma declaração a favor de sua candidatura. O governador continua quieto sobre Joinville. Não que Derian não tenha se esforçado. Na semana passada, o também presidente municipal teve reunião com Douglas Borba, na qual a delegada regional Tânia Harada participou para repetir que não quer concorrer em 2020 – ela vem sendo sondada por diferentes partidos. O propósito era claro: se Tânia não quer nem se filiar, o caminho estaria aberto para ele, Derian. Mas não adiantou. Não houve declaração alguma. Nem se soube de fotos.
MAIS TEMPO
O presidente estadual também não ajuda na definição do PSL, embora defenda nome próprio para concorrer a prefeito a Joinville. Mas Schiochet quer Rodrigo Coelho, interessado em deixar o PSB, como candidato pelo PSL. Só que Coelho ainda não conseguiu decisão favorável para trocar de partido. Não bastasse, nem disse que quer ir para o PSL. Aparentemente, Schiochet quer ganhar tempo. O que parece ser a estratégia de outras lideranças do PSL em relação a Joinville em 2020. Principalmente do governador Carlos Moisés.