O repasse do governo do Estado para o Hospital Municipal São José, justamente o marco da parceria entre os governos Jorginho Mello e Adriano Silva, está provocando estremecimentos entre os partidos das duas administrações por causa de divergências envolvendo a prestação de contas. Na sessão desta segunda-feira, como ocorreu na semana passada, o tema voltou a dominar os embates entre PL e Novo – o partido do prefeito teve o reforço de mais vereadores governistas.
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O vereador Neto Peters (Novo) levou à sessão encadernados com milhares de páginas da prestação de contas da Secretaria de Saúde de Joinville. O parlamentar alegou que as cinco mil páginas foram apresentadas ao Estado em dezembro. Na sexta-feira passada, o material foi novamente protocolado, de forma presencial. Neto lembrou que foram solicitados mais documentos em janeiro, já entregues. Em fevereiro, foi feita nova solicitação, também atendida e, na semana passada, mais uma, com resposta em preparação.
Com críticas à burocracia, o vereador do Novo alegou ter dúvidas se o Estado não teria recursos para pagar a nova parcela. Os vereadores Lucas Souza, Kiko do Restaurante, Pastor Ascendino, Luiz Carlos Sales, Érico Vinicius e Diego Machado se manifestaram a favor do repasse. O presidente da Câmara inclusive defendeu a ida de comitiva a Florianópolis para tratar do tema com o governador, que não teria conhecimento da situação, segundo Diego.
Os vereadores Cleiton Profeta e Wilian Tonezi, ambos do PL, voltaram a defender a realização de CPI sobre o tema. Profeta alegou que apresentar a prestação de contas é diferente de aprovar e considerou a apresentação da pilha da papéis da prestação de contas como “teatro” e “jogar para a galera”. Para Tonezi, não há motivo para “ter medo” de CPI.
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O repasse do Estado para o Hospital São José foi tema da campanha eleitoral para o governo do Estado, em 2020. O pagamento seria uma compensação pelo atendimento regionalizado do hospital mantido pela prefeitura. O governador Jorginho anunciou o repasse de R$ 32 milhões no ano passado, em parcelas. Em julho e agosto, foram pagas duas parcelas, de R$ 4 milhões cada. O próximo pagamento será realizado quando for encerrado o processo de prestação de contas – os documentos foram entregues, mas há solicitação de complementos.
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