Malha cicloviária deve chegar a 278 quilômetros até junho de 2020 em Joinville

*Por Hassan Farias

A prefeitura quer ampliar em 107 quilômetros a malha cicloviária até junho de 2020, em Joinville. Ela tem 171,2 quilômetros de extensão e passará a contar com 278,2. O principal objetivo é conectar as ciclofaixas e ciclovias já existentes que hoje são independentes e não se interligam.

A Secretaria de Planejamento Urbano e Desenvolvimento Sustentável (Sepud) leva em consideração o mapa presente no Plano Diretor de Transportes Ativos, que projeta como deverá ficar a malha cicloviária quando tiver totalmente finalizada. A meta presente no plano é alcançar 730 quilômetros até 2025.

As novas ciclovias e ciclofaixas serão criadas por meio do contrato de pintura do Departamento de Trânsito de Joinville (Detrans). O órgão definirá as regiões onde serão executadas as pinturas, homologa junto a Sepud, que vai implementar as novas ciclofaixas.

Entre os pacotes de alterações estão as regiões do Guanabara, do Petrópolis e do Centro – no trecho do Mercado Público até a Associação Empresarial (Acij). No entanto, o secretário Danilo Conti não sabe precisar o valor que será investido nas obras porque os recursos sairão do contrato de pintura do Detrans.

Joinville tem uma malha cicloviária maior do que 21 capitais brasileiras. Levantamento realizado pelo site G1 mostrou o tamanho da malha em todas as capitais. Apenas São Paulo (498,3 km), Brasília (465 km), Rio de Janeiro (458 km), Fortaleza (229,6 km), Salvador (213,5 km) e Curitiba  (204,2 km) possuem mais quilômetros de ciclovias e ciclofaixas do que Joinville.

Segundo Danilo Conti, as alterações já começaram a ser executadas a partir da inversão do trânsito na rua Barra Velha. A partir de agora, a intenção é semanalmente aumentar a malha cicloviária até chegar aos 106 quilômetros.

Mudanças no trânsito

Devem começar em breve as obras de alteração no trânsito na região da rua Padre Antônio Vieira, entre os bairros América e Saguaçu, e do trevo em direção à zona Leste da cidade. A Sepud pretende fazer intervenções para melhorar o fluxo de veículos no local, principalmente para quem precisa atravessar a avenida Beira-rio.

O projeto ainda será divulgado pela Prefeitura, mas prevê um contorno próximo ao posto de combustíveis em frente a Acij e uma terceira faixa na Beira-rio. A secretaria apenas aguarda o trânsito se estabilizar após o início das aulas para começar as mudanças.

Sem abrigos

A demora na instalação dos abrigos de ônibus na rua São Paulo foi discutida na Comissão de Urbanismo da Câmara de Vereadores. Segundo o diretor executivo da Secretaria de Infraestrutura, Thalles Vieira, afirmou que a empresa contratada para execução do projeto não finalizou a obra porque aguarda um aditivo de contrato.

São seis pontos de parada ao longo do trecho que se estende da rua Monsenhor Gercino até a Ministro Calógeras. Os vereadores criticaram a empresa vencedora da licitação e a convidaram para prestar esclarecimentos na próxima reunião da comissão, no dia 26 de fevereiro. Também serão convidados o Ministério Público, a OAB, a Seinfra e a Secretaria da Fazenda.

*O colunista Jefferson Saavedra está de férias. Volta a escrever neste espaço no dia 8 de março.