Prováveis temas da campanha eleitoral, as duplicações de vias de trânsito continuam distantes em Joinville, com exceção do acesso ao Distrito Industrial pela BR-101 – obra iniciada pelo governo do Estado, mas ainda sem deslanchar. A última duplicação entregue, ainda que parcial, foi da avenida Santos Dumont, concluída em 2018. As demais não passam de propostas para um futuro indeterminado, sem possibilidade nem de estimar prazos.

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Perto de entrar no último semestre do mandato, o governo Udo tinha planos de duplicar o acesso ao Distrito Industrial, trechos da Dona Francisca e da Quinze de Novembro, Ottokar Doerffel e Almirante Jaceguay, tudo em parceria com o governo do Estado. Apenas o Eixo Industrial foi iniciado. Para as outras propostas citadas no plano de governo, não há perspectiva alguma.

A duplicação da Dona Francisca na área industrial esteve perto de ser licitada no final da década passada. Houve campanha empresarial, anúncios de cessão de áreas por empresas (o que reduziria o custo com desapropriações), possibilidade de uso de emenda federal, o governo do Estado elaborou um projeto para duplicar os seis quilômetros entre a rótula do Tecelão e a Estrada da Ilha, e nada. Nem edital chegou a ser lançado e a Santos Dumont e o Eixo Industrial pularam na frente.

No ano passado, a prefeitura de Joinville retomou a cobrança junto ao governo do Estado, informando que o custo da obra seria de R$ 70 milhões, incluindo as desapropriações. O governo Carlos Moisés ficou de analisar, mas não chegou a comprometer em realizar o investimento. Na mesma oportunidade, foi apresentada, mais uma vez, a demanda de conclusão da abertura de Almirante Jaceguay, outra via com planos antigos de duplicação.

A abertura da Jaceguay, pelo menos, fez parte do pacote de obras realizado em Joinville pelo governo do Estado com o financiamento do BNDES (binário do Vila Nova, asfaltamento da Tuiuti, Albano e Rui Barbosa, por exemplo), mas não saiu porque a prefeitura não teve dinheiro para as desapropriações. Portanto, se a abertura é improvável, a duplicação é praticamente impossível.

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No caso das duplicações de trechos da Ottokar Doerffel e Quinze de Novembro, dois dos acessos a Joinville pela BR-101, as obras estão mais distantes ainda, sem nenhuma perspectiva, nem busca de recursos. São intervenções com custo elevado por causa de desapropriações. Em resumo, só a duplicação do Eixo Industrial vai sair do papel a médio prazo em Joinville. As demais, não passam de planos.