A instalação de biofábrica está entre as estratégias de Joinville para o enfrentamento da dengue. A unidade será usada em uma das etapas para a adoção do método Wolbachia, para buscar a redução de transmissão da doença pelo mosquito Aedes aegipty. A técnica começa a ser aplicada a partir de julho, em estimativa da prefeitura de Joinville. Neste ano, até quinta-feira, a dengue teve o registro de cinco mortes, com mais de 1,4 mil casos confirmados – no ano passado, no mesmo período, a cidade não chegou a 200 casos; a primeira morte em 2023 foi registrada em março.
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A primeira etapa para o método Wolbachia foi o recolhimento de ovos do mosquito para envio à Fiocruz, que mantém parceria com a World Mosquito Program (WMP). A remessa vai para Belo Horizonte. Eram necessários 10 mil ovos, mas foram enviados mais de 23 mil. Os ovos recebem a bactéria Wolbachia e são devolvidos para Joinville. É necessário que sejam usados ovos de mosquitos do local onde será aplicado o método.
A etapa seguinte será na biofábrica a ser montada em Joinville, onde serão “produzidos” os mosquitos, já com a Wolbachia. O espaço está sendo preparado em unidade de saúde desativada. A WMP terá um técnico e Joinville para acompanhar o processo. Conforme cronograma da Secretaria de Saúde de Joinville, a biofábrica estará pronta até maio, quando chegarão equipamentos importados para a produção de mosquitos.
Cronograma para mosquitos
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Os mosquitos serão soltos em Joinville no início do segundo semestre. Com a Wolbachia, os mosquitos e seus descendentes não transmitem o vírus da dengue e de outras doenças. Não há modificação genética. Os resultados começam a ser observados no próximo ano. O método será aplicado em 17 bairros, com cobertura de 60% da população e 45% da área geográfica de Joinville. O método Wolbachia está sendo utilizado em outras cidades do País, inclusive em Belo Horizonte. No ano passado, Joinville foi selecionada pelo Ministério da Saúde para participar do programa.
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