Ainda em maio, deve começar em Joinville a conversão de parte dos leitos Covid em vagas para atendimento de outras enfermidades. A alteração será possível por causa do recuo na demanda hospitalar nos últimos dias, embora a ocupação continue elevada. O desafio de Joinville será manter toda a estrutura montada até agora. A principal questão é o custeio dos leitos, afinal, o credenciamento pelo governo federal de parte das ampliações das vagas foi devido à demanda provocada pela Covid. A Secretaria de Saúde de Joinville está tentando junto ao Ministério da Saúde e ao governo do Estado para manter o custeio para outros atendimentos. Há também investimentos do município no aumento na capacidade de atendimento.
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Hoje, na rede pública de saúde de Joinville, são oferecidos 195 leitos de UTI, para pacientes adultos. São 145 vagas para pacientes com Covid e 50 para as demais doenças e situações. Todas as vagas estão ocupadas, conforme o registro da regulação de leitos do governo do Estado. A rede do SUS tem os hospitais São José e Regional e as alas credenciadas junto ao Bethesda.
Em entrevista à Rádio CBN Joinville nesta quarta-feira, o secretário de Saúde de Joinville, Jean Rodrigues, reafirmou que os hospitais da cidade não tinham baixa ocupação mesmo antes da pandemia. A elevada utilização vai continuar, mas com mudança no perfil, com fatia dos leitos hoje exclusivos para Covid atendendo outras patologias. Pelo represamento de uma série de procedimentos, como cirurgias eletivas, por exemplo, a procura hoje já é maior de leitos gerais de terapia intensiva do que vagas para pacientes com coronavírus, conforme o secretário Jean.
Ainda não há uma data definida para a conversão de leitos porque a ocupação de UTIs por Covid continua alta. Já houve redução expressiva na fila de espera por vagas e na utilização de enfermarias de hospitais, mas a diminuição da utilização das UTIs Covid ainda vai mais tempo, em circunstância característica da pandemia.